16/05/2018 - FORMAS DE CORRUPÇÃO
O psicólogo e psicanalista Luiz Hanns, da Casa do Saber,
canal da internet em vídeo, faz a pergunta: “É possível acabar com a corrupção?”
Ele mesmo responde: “Não”. Mas é possível manter a corrupção e os corruptos
acuados, reduzindo-os ao mínimo possível. Classifica as formas de corrupção com
as camadas de uma cebola, destacando três grupos. A corrupção sistêmica, a
endêmica e a sindrômica. A sistêmica hoje está muito em voga, devido às 50 fases
da operação Lava Jato, ao descobrir os cartéis que englobavam 29 empreiteiras,
políticos, empresários, doleiros, governadores, senadores, deputados,
ministros, dentre outras personagens. A endêmica,
que está capilarizada na sociedade, como conjunto de hábitos, por levar “vantagem
em tudo”, desde a propina para retirada de multa, para pagar uma conta menor no
restaurante, para receber uma nota maior na prova de escola, quando na soma o
professor errou, entre outros hábitos. A sindrômica é a terceira camada,
revelada no cipoal de burocracias e de má gestão. Ele demonstra vários
exemplos, que aqui não se repetirão. Para ele a visão moralista não funciona. O
que deve é ser atacada cada uma das camadas de formas de corrupções e suas
interligações, através de não se deixar escapar pela impunidade. A tarefa é
muito difícil, mas é o caminho para a civilidade.
A primeira forma de corrupção, a sistêmica, está severamente
sendo combatida. As grandes construtoras emagreceram e fizeram acordos de
conformidades, para adotar boas práticas em seus contratos. Ao serem
severamente castigadas, tais empreiteiras desempregaram e, sistemicamente, em
muito contribuíram para que o País ingressasse em forte recessão, de 2014 a
2016. A operação Lava Jato se iniciou em 2014 e não terminou ainda.
As duas outras formas não foram ainda atacadas. Elas têm que
passar por processos educacionais de boas práticas, redução da burocracia e mudanças
e leis penais.
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