08/05/2018 - ECONOMIA E DITADURA
Durante 21 anos, de 1964 a 1984, o Brasil foi governado por
militares do Exército, escolhidos pelo seu Alto Comando. Humberto de Alencar
Castelo Branco, Marechal, de 1964 a 1967, morto por avião caça da FAB, quando
estava em jatinho, em viagem particular, depois de ter deixado o governo, na
Serra da Ibiapaba, no Ceará. A explicação da FAB foi de que o alvo era
considerado “inimigo”. História mal contada e ficou como mais caso de morte de
presidente da República inexplicável. Até hoje ficaram sem bom entendimento o
suicídio de Getúlio Vargas, em 1954, além do desastre automobilístico que
vitimou Juscelino Kubitscheck, em 1976. Mas, voltando a Castelo Branco, ele
promoveu as reformas estruturais que tornaram o Brasil capitalista para não voltar
atrás. Isto é, não pode desfazer o feito. Para a economia isto foi bom porque
criou instituições sólidas, tais como o Banco Central e o FGTS. Iniciou-se um
alinhamento automático com os Estados Unidos. Era tudo que eles queriam.
O segundo presidente do Exército foi o Marechal Artur da
Costa e Silva, de 1967 a 1969, um nebuloso caso de um problema de saúde que ele
teve, sendo substituído por uma junta militar, dirigida por um general e
composta por brigadeiro e por um almirante. Época de dura repressão política.
Aliás, repressão e mortes ocorreram sem até hoje explicações convincentes ao
longo da ditadura. Morreu o último Marechal na presidência e o título foi
extinto. Marechal era para a guerra. No seu governo começou o “milagre
econômico”. Isto é, o Brasil passaria a crescer a taxas altíssimas, chegando a
ultrapassar 10% de incremento do PIB, em média anual.
O terceiro presidente do Exército foi Emílio Garrastazu Médici.
Escolhido pela junta militar referida. Governou de 1969 a 1974. Surfou na onda
do “milagre” e em 1973 o Brasil cresceu cerca de 14%. “O que é que é isso”?
Corrigindo, o que é que foi isso?
O quarto presidente do Exército foi Ernesto Geisel, de 1974 a
1979. Enfrentou o choque do petróleo, iniciado no final de 1973 (setembro),
deixando governo com forte estatização da economia. Isto é, criou centenas de
empresas estatais. Mas, manteve forte crescimento econômico, em marcha forçada.
O quinto presidente do Exército foi João Batista Figueredo
(nome assim), de 1979 a 1984. Pegou a rebarba da ditadura. Governou no caos da
recessão. Os militares não conseguiram domar a inflação, que ultrapassou 100% e
caminhou para o milênio. O mesmo motivo econômico que os colocou no poder os
retirou: a inflação monetária.
Os militares tiraram o Brasil do 40º PIB mundial e o deixaram
no 8º. Lugar, em que permanece hoje, depois de sua curva, sair do 8º, passar,
pelo 6º e voltar ao 8º. Exército e a economia. Regime de força. PIB deslanchou.
Porém a taxa de crescimento da dívida publica foi maior do que a taxa do PIB.
Algo que pode ser demonstrado.
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