31/03/2018 - DESEMPREGO SUBIU NO TRIMESTRE
O IBGE divulgou o que sempre ocorre no trimestre encerrado em
fevereiro de cada ano. A taxa de desemprego subiu para 12,6% da População Economicamente
Ativa. O trabalho formal caiu 1,8% e o trabalho informal se elevou em 5%. Isto
aconteceu porque foram liberados aqueles contratos de emprego temporário,
geralmente de 90 dias. O contingente de trabalhadores com carteira assinada
caiu para o menor nível, desde 2012, quando começou a série histórica, para
R$33,126 milhões. Como estes são 45% da PEA, o contingente dos trabalhadores
sem carteira assinada alcançou 40,487 milhões (55%). Os analistas do IBGE
apresentaram razões do trabalho informal crescer tanto. Isto decorre do fato da
forte recessão de 33 meses consecutivos, do segundo trimestre de 2014 ao último
trimestre de 2016. A recuperação se iniciou em 2017. Porém, de forma lenta e
ainda fora crescendo o número de trabalhadores informais. Porém, acreditam que
no próximo trimestre, encerrado em março, e em diante, a situação se reverta,
voltando o trabalhador formal a ocupar posições que já tinha ocupado e, quiçá,
ultrapassar os trabalhadores informais. Vai depender de quanto cresça a
economia nos próximos anos. A afirmação dos técnicos do IBGE é de que, em
comparação com a taxa do mesmo trimestre do ano de 2017
(dezembro/janeiro/fevereiro), a taxa atual de desemprego revelada caiu
0,6%.
No Brasil sempre existiu uma anomalia entre a esfera
financeira e a esfera produtiva. As taxas de rentabilidade do capital
financeiro foram sempre mais altas do que as do capital produtivo. Porém,
depois de 12 reuniões seguidas do Banco Central, de redução da taxa básica de
juros, a SELIC, além de adiantar que em maio poderá ainda reduzir um pouco a
SELIC, pelo que o mercado financeiro acredita em mais uma queda de 0,25%, a
SELIC iria parra 6,25%. Assim, o mercado financeiro ficaria ainda menos
atraente e provavelmente dirigirá um pouco mais de capital para a esfera
produtiva. Além do mais, como colocado aqui ontem, os depósitos compulsórios
vão se reduzir bastante a partir de abril, estimulando os bancos a fornecerem
mais crédito.
Olhando as aplicações financeiras de renda fixa todas
perderam para o IGP-M de 0,64%, deste mês. A melhor aplicação financeira foi a
daqueles que tinham caderneta de poupança até 03-05-2012, que perceberam 0,5%.
Mas, a caderneta de poupança mudou a partir de 04-05-2012, variando conforme 70%
da SELIC, ficando em 0,3855%, em abril.
Assim, está dado um quadro na economia de que haverá pequeno
crescimento, visto que estão restabelecidos do tripé econômico, o controle da
inflação e o câmbio flutuante. Porém, persiste o problema do déficit primário
do governo, que insiste em continuar ainda por muito tempo. Novo governo de
2019 deverá ter de equacionar o grande problema em curso.
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