19/03/2018 - DESONERAÇÃO QUE FOI TIRO NO PÉ
A política de desoneração da folha de pagamentos foi criada
no primeiro ano do governo de Dilma Rousseff. O objetivo era estimular a
geração de empregos e melhorar a competitividade das empresas. Ou seja, o governo
federal reduziu a carga tributária com tal intuito. O benefício ocorre por meio
da substituição da cobrança de uma contribuição previdenciária de 20% sobre a
folha de pagamentos das empresas por um percentual sobre o faturamento. A
alíquota varia de 1% a 4,5%, a depender do gênero produtivo. São cerca de 50
gêneros empresariais. Em princípio, a desoneração é uma forma de alterar a
carga tributária, em benefício empresarial. No entanto, depois de três anos, as
empresas ingressaram o País em forte recessão. A arrecadação federal caiu
bastante e em 2014 se retornou ao déficit primário depois de 16 anos
consecutivos de superávit primário. O governo de Michel Temer tentou reverter
no Congresso, visando melhorar a arrecadação. Porém, não obteve êxito.
Par o subsecretário de fiscalização da Receita Federal,
Iágaro Jung Martins: “A legislação ficou um horror e há problemas em todos os
setores beneficiados. Com a desoneração, o regime ficou complexo para o
contribuinte demonstrar as informações e ainda mais difícil para a Receita
auditá-las.”
Ademais, as grandes empresas praticam sonegação. Várias
autuações realizadas em empresas que burlaram o regime somam R$450 milhões. A
sonegação estimada é de R$2,5 bilhões.
Os equívocos da gestão Dilma foram muitos, resultando em
queda de arrecadação. Os preços administrados dos combustíveis e da energia
elétrica foram subsidiados e a perda de receitas inequívocas.
Por fim, em razão da criação do Ministério da Segurança
Pública, o governo de Michel Temer enviará ao Congresso Medida Provisória de
reoneração tributária.
Comentários
Postar um comentário