09/03/2018 - DIFERENÇAS DE GENEROS REDUZ O PIB




Ontem, no Dia Internacional da Mulher, o IBGE divulgou pesquisa na qual as mulheres trabalham 3 horas a mais e ganham 75% do que ganham os homens. Para o IBGE, as mulheres estudam mais e ganham menos baseado em suas pesquisas, referentes aos períodos de 2012 a 2016. Entre os maiores de 25 anos com ensino superior completo, as mulheres somaram 23,5%; os homens, 20,7%, em 2016, quando se comparam os rendimentos dos homens e mulheres. Por seu turno, as mulheres têm rendimento habitual médio mensal de todos os trabalhos de R$1.764,00, enquanto os homens percebem R$2.306,00, conforme dados das pesquisas.

Ontem, também, na Folha de São Paulo, em primeira página foi publicada pesquisa do estatístico Rafael Ribeiro dos Santos, a respeito de monografia para o INSPER, na qual ele revela que a discriminação contra a mulher, no mercado de trabalho, reduz a atividade econômica, envolvendo o exame ao período de 2007 a 2014. É conclusão da pesquisa que cada 10% do aumento na diferença entre salários de homens e mulheres, que tenha referência ao preconceito de gênero, reduz em cerca de 1,5% a expansão do PIB per capita dos municípios. Destacando-se das capitais se encontrava Curitiba, na data da pesquisa. O sexo do trabalhador explicava 28% da distância de remuneração naquela metrópole. São Paulo estava em terceiro pior indicador, 23%. Cita ainda a Folha que: “Se estivesse em 2007, a mesma taxa de Florianópolis (15,4%), a renda do paulistano (anual) subiria de R$52.797,00 para R$53.258,00, em 2014. Para calcular a discriminação foi utilizada a RAIS, que mede dados do mercado formal. Foi isolado o impacto de outros fatores que influenciam os salários. ‘A discriminação contra a mulher não é apenas uma questão de injustiça social. Também gera ineficiência econômica’, declarou Regina Madalozzo, que orientou o estatístico no INSPER”.

Outra conclusão de destaque é que a desigualdade na remuneração dos trabalhadores entre gêneros aumentam mais nos Estados mais organizados.

Por fim, o avanço feminino no mercado de trabalho neste século veio acompanhado de uma explosão na quantidade de famílias chefiadas por mulheres brasileiras. Conforme estudo da Escola Nacional de Seguros, de 2001 a 2015, o número de núcleos familiares comandados por mulheres subiu de 14,1 milhões de pessoas para 28,9 milhões de cidadãos.

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