23/03/2018 - BLACKOUT NACIONAL
No dia 21, passado, grande parte do Brasil ficou às escuras.
O colapso se deu, segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS),
perante falha em disjuntor em uma parte da estrutura da usina de Belo Monte, no
Pará, causando o desligamento de 18.000 megawatts, majoritariamente localizados
nas regiões Norte e Nordeste, correspondendo a 22,5% da carga total, naquele
momento, às 15:48 h e que se prolongou por cerca de 5 horas. As linhas de metrô
pararam; shoppings centers; o comércio fechou mais cedo; o fornecimento de água
foi interrompido; sinaleiras de ruas apagaram; os carros perderam o rumo;
postos de gasolina formaram longas filas; milhares de carros ficaram em
engarrafamentos, dentre outros inúmeros problemas. O ONS informou que 70
milhões de pessoas em 13 Estados enfrentaram situações difíceis no apagão em
referência. Os ladrões nas ruas fizeram as festas. Não se tem ainda um cálculo
econômico do problema ocorrido.
A falha identificada foi em um dos disjuntores da subestação
Xingu, no Pará, responsável pela distribuição da maior parte da carga gerada
pela Usina de Belo Monte. Afetou em cheio os Estados de Alagoas, Ceará,
Sergipe, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Amapá, Pará, Maranhão, Bahia, Tocantins,
Amazonas e Rio Grande do Norte. Os subsistemas do Sul, Sudeste e Centro Oeste
ficaram desconectados do Norte e do Nordeste. A empresa Norte Energia, dona da
Usina de Belo Monte, informou que o apagão não teve origem na hidrelétrica e de
que a usina foi também afetada.
No mês passado, a Agência Nacional de Energia Elétrica já
tinha apurado uma série de pendências de segurança nos projetos de transmissão,
que pertencem a Norte Energia, na rede que liga a usina até a subestação de
Xingu, para conectar-se à principal linha de Belo Monte.
Um sistema tão grande como o elétrico, raramente ocorre
blackout. A questão que se coloca é como ocorreram apagões em vários momentos,
repete-se aqui, de forma rara no tempo, não criaram ainda um nobreak para não
ser tão extensivo assim, tal como foi este último?
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