05/03/2018 - SUPERAR O RETORNO DE DEZ ANOS DE INFORMALIDADE




Muita coisa aconteceu na recessão de 2014-2016, de 11 trimestres consecutivos. O Brasil regrediu muito. Na questão do emprego fez esforço enorme para formalizar empregados. Claro, o interesse do governo federal foi o de aumentar a arrecadação. Desde a estabilização monetária com o Plano Real começou a dar certo. No entanto, perante forte recessão, o mercado informal cresceu bastante e a sonegação de tributos foi consequência imediata. Claro, também contribuiu para déficits primários desde 2014. Estima-se que a regressão referida somente será superada na década vindoura. Em 1991, a economia informal brasileira correspondia a 41% do PIB. Chegou ao mínimo em 2013, a 32%. Mas em 2017 retornou a um ponto alto, de 38% do PIB. Acima dos seus grandes companheiros do BRIC. China com 14%; Índia, 17%; África do Sul, 24%; Rússia, 35%. A média mundial da economia informal é de 28% do PIB.

Eis que surgiu notícia alvissareira. O CAGED revelou que em janeiro o emprego formal deu uma subida forte, mais do que em 2013. O Brasil registrou a criação de 77,822 mil novas vagas com carteira assinada em janeiro de 2018. É a primeira vez que o ano começa com contratações desde 2014. O resultado é o melhor para o período desde 2012, quando foram criadas 118,9 mil vagas formais. Com esse resultado mais os ajustes feitos em meses anteriores, o saldo do CAGED em 12 meses ficou positivo, após três anos de fechamento líquido de postos com carteira de trabalho. São 83,5 mil vagas entre fevereiro de 2017 a janeiro de 2018.

Em 2015 e 2016, o Brasil eliminou mis de 3,5 milhões de vagas formais. Em 2017, o mercado de trabalho melhorou, mas não escapou de um saldo negativo de 20,8 mil postos formais. O Ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, possui a expectativa de uma geração de 2 milhões de vagas formais par este ano.

O cenário de janeiro mostrou que a indústria de transformação gerou 49,5 mil vagas formais. A construção civil foi responsável por 14,987 mil  postos destes. Os serviços abriram 46,544 mil da espécie. A agropecuária registrou contratação de 15,633 mil. Porém, o comércio fechou 48,747 mil postos com carteira assinada. Também demitiram a administração pública 802 pessoas formalizadas e o setor de extração mineral, 351 empregos formais.


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