06/03/2018 - RETORNO ÀS ORIGENS
O Brasil nasceu como país de grandes plantações, a exemplo de
cana de açúcar, que ainda é o maior produtor e exportador mundial de açúcar e
álcool. No século XX, a partir principalmente de 1930, o governo federal iria
transferir as divisas das exportações do setor primário, para comprar máquinas
e equipamentos para o setor industrial. Grande impulso iria tomar a indústria
de 1956 a 1985, quando a sua participação no PIB passou de 6% para 25%.
Contudo, no último quartel do século passado, o Brasil veio o Brasil se
tornando grande produtor de grãos. Um trabalho divulgado pelo Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) comprova que, entre 1975 e 2016, o
produto agropecuário cresceu mais de quatro vezes. A situação então se
inverteu, a agropecuária hoje já detém 23% do PIB, enquanto o produto
industrial recuou para 10% do PIB.
O estudo do MAPA revela que, no período em exame, a produção
em toneladas de grãos passou de 1,8 milhão para 187 milhões; a pecuária de 1,8
milhão para 7,4 milhões; suínos de 500 mil para 3,7 milhões; frangos de 373 mil
para 13,23 milhões. A produtividade cresceu 3%, em média anual, no período em
referência. Conforme o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, a
produtividade média citada está entre as mais altas do mundo. Próximos estão o
Japão, com 2,86%; Argentina, 2,7%; Indonésia, 2,62%; Estados Unidos, 1,93%;
México, 1,46%.
A safra recorde 2016-2017 contribuiu com 13% de incremento em
relação à safra anterior. Por seu turno, conforme divulgado pelo IBGE foi a
agropecuária que, principalmente, ajudou a economia nacional a sair da recessão
e crescer 1% em 2017.
O salto de produção e produtividade é conseqüência de
investimentos em pesquisa, na melhoria no uso de insumos, notadamente de
fertilizantes. Os Estados do Pará, Tocantins, Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais,
São Paulo, Bahia e Paraná foram responsáveis por cerca de 75% da produção de
grãos.
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