12/03/2018 - INFRAESTRUTURA RECOMENDADA
O Banco Mundial foi criado para financiar a reconstrução dos
países envolvidos na segunda grande guerra, muitos que ficaram semidestruídos,
principalmente na Europa e no Japão. O seu nome também é chamado de Banco para
a Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD). Estradas, portos, aeroportos, água,
luz, esgotos, entre outros. Tais atividades exigem pesados investimentos e ao
Estado cabe geralmente realizá-los. Mas, o Estado pode também fazer parcerias
com o setor privado. De quanto é necessário investir, em termos de PIB. Banco
Mundial recomenda 4% do PIB.
Nos anos de 1970, a média anual de investimentos públicos na
infraestrutura foi de 5,4% do PIB. Àquela época foram executadas as obras
faraônicas, tais como a Ponte Rio/Niterói, a construção da maior hidrelétrica
do mundo, em operação, a Itaipu, a rodovia Transamazônica, usinas atômicas de
Angra dos Reis. Enfim, havia crédito barato e de longo prazo que ingressava no
Brasil.
Nos anos de 1980, a média das inversões brasileiras decresceu
para 3,6% anuais. O dinheiro externo já não era mais abundante, os dois choques
do petróleo, naquela década, encareceram o dinheiro para investimentos.
Nos anos de 1990, a média anual de investimentos caiu para
2,3%. Foi a década na busca incessante da estabilização monetária. O Plano
Real, em 1994, realizou a reforma fiscal, a reforma monetária e a criação de
nova moeda.
Nos anos de 2000, o investimento médio anual caiu para 2,2%.
Trinta anos de baixos investimentos e as carências aumentaram bastante.
Em 2010, o PIB cresceu 7,5%, mas as inversões em
infraestrutura ficaram ainda baixas, cerca de 2,3% do PIB. Em 2015, a forte
recessão se instalou no País. Os gastos em infraestrutura baixaram para 2,1%.
Em 2016, mais ainda para 1,7%. Em 2017, 1,5%. Assim, as carências são enormes e
sem realizar a parte que cabe ao Estado de realizar investimentos
multiplicativos, a iniciativa privada também fica inibida e o PIB cresceu
pouco, como aconteceu em 2017, somente 1%.
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