21/03/2018 - PROGRAMA DE PARCERIAS DE INVESTIMENTOS
A lei de parcerias público-privadas aconteceu no final do
governo do ex-presidente Lula. Trata-se da forma encontrada para fazer
investimentos em infraestrutura, devido ao governo central ter deficiências de
caixa para realizá-la, em comum acordo do setor público com o setor privado.
São as famosas concessões, das quais as que obtiveram êxitos foram aquelas das
rodovias, ainda que incompletas, em sua plenitude, haja vista que o País tem
uma malha rodoviária ínfima e que deveria ser decente, para o tamanho do Brasil
e seu PIB em os dez maiores do mundo. Na área petrolífera, as concessões mais
famosas foram as do petróleo na camada do pré-sal. Contudo, novo modelo foi
implantado por Lula, o da partilha do petróleo estimado e encontrado, não
seguindo muito adiante, tanto por Lula como por Dilma, devido à fixação das
taxas internas de retorno por parte do governo, que não atraíram muito os
empresários.
Ao assumir em 2016, Michel Temer, recebeu megas déficits
primários, fazendo-o desativar muitos investimentos em infraestrutura, além das
investigações de corrupção em oras públicas, notadamente da operação Lava Jato.
Como todo governo faz o programa mudar de nome, passou a chamar-se de parcerias
de investimentos.
“Raspando o tacho”, o Ministro Moreira Franco, da Secretaria
Geral da Presidência, ficou incumbido de levantar os projetos que dariam para
ser feitos em dois anos. Foram selecionados 105, no valor de R$142 bilhões. Porém,
somente 31 tiveram estudos técnicos concluídos, tidos como exeqüíveis até o
final deste mandato. Destes, o projeto mais promissor tem o valor de R$8,8
bilhões, relativos a 24 linhas de transmissão de energia para 19 Estados. Também
estão previstos arrendamentos portuários de R$2,2 bilhões. Pretende o governo
fazer os 31 leilões até o final do ano. O maior gancho é justamente o projeto de
privatização do sistema Eletrobras, em discussão interminável no Congresso, com
muitas forças se opondo a sua conclusão.
O fato concreto é de que depois de toda a lama de corrupção levantada
nas obras públicas, principalmente pela operação Lava Jato, as maiores interessadas
eram as 29 empreiteiras, hoje ainda sob fogo cerrado de investigações, acordos
de leniência e julgamentos em curso. Quanto ao capital estrangeiro, tem-se
mostrado interessado. Porém, a instabilidade política não o faz muito avançar, a
exemplo dos capitais chineses anunciados e ainda não concretizados.
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