07/03/2018 - MOVIMENTO BRASIL EFICIENTE
Um país que tem 35 partidos políticos registrados, 28
presentes no plenário e 72 outras legendas, querendo registros, é extremamente
plural. Mas, existem inúmeras outras entidades defensoras de suas categorias
sociais. Uma entidade liberal é o Movimento Brasil Eficiente, órgão dos
empresários. O seu Coordenador é Carlos Rodolfo Schneider. Por oportuno, ontem
ele divulgou pela imprensa artigo denominado “Previdência: a derrota do País”.
A posição deles é de que a Constituição de 1988 introduziu no Brasil um sistema
de proteção social o qual o País não tem condições de manter. Segundo ele, a
Constituição destaca 25% do PIB para a referida proteção. Tal valor é
semelhante ao gasto pela Alemanha e Reino Unido. O Schneider não se refere e é
o que mais pressiona os gastos do governo são aqueles referentes à dívida
pública. Esta, sim, que desde 1822 coloca em pane a gestão pública nacional. Se
o País não tivesse dívida por volta de 75% do PIB, certamente poderia honrar os
citados 25%. Ademais, o governo brasileiro é um mastodonte, que, secularmente,
cresce a taxas maiores do que os do crescimento do PIB.
No Brasil, o governo gasta hoje 5% com educação; 13% com
saúde pública; 7% restam para a Previdência, Bolsa Família e outros programas
sociais. Estes 7% nunca aconteceram. Desde 1988, deve ter sido a Constituição
compatível com o tamanho do PIB. Porém, não por muito tempo. Dentro da
Previdência o governo abrigou uma série de benefícios novos. O fato é que para
pagar benefícios os beneficiários teriam que contribuir para gerar o seu
funding. Parece que nunca ocorreu isso no Brasil. Os déficits previdenciários
foram turbinados nas duas últimas décadas, principalmente, após a recessão de
2014-2016.
Nas palavras do articulista: “O rombo da Previdência chegou a
R$268,8 bilhões em 2017, um crescimento de 18,5% sobre 2016. O INSS, eu atende
29,8 milhões de trabalhadores da iniciativa privada teve déficit de R$182,4
bilhões, e o regime próprio dos servidores públicos, que assiste menos de um
milhão de vidas, apresentou déficit de R$86,3 bilhões. Isso significa que no
setor privado o rombo por pessoa assistida foi de aproximadamente R$6 mil e, no
setor público, de R$87 mil. As despesas com a Previdência consomem 57% de todo
o gasto do governo, levando a disponibilidade para investimentos, essencial
para o crescimento do País, a ficarem com parcos 2%. Como afirmou o Ministro do
Planejamento, Dyogo Oliveira, estamos gastando com o passado e não com o
futuro”.
Em face ao exposto, pela Constituição de 1988, 7% estariam
para Previdência, Bolsa Família e outros programas sociais. No entanto, o autor
cita que hoje o governo gasta 57% somente com Previdência. Sendo isto verdade:
é o caos.
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