14/03/2018 - CIPOAL DE BUROCRACIAS
Em artigo na página 3 da Folha de hoje, intitulado “A lei não
é para todos”, Edson Vismona, presidente do Instituto de Ética Concorrencial e
do Fórum Nacional contra a Pirataria e Ilegalidade, baseado em estudos do Instituto
Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), abrangendo desde a Constituição
de 05 de outubro de 1988, até 30 de setembro de 2016, os governos federal,
estaduais e municipais editaram 5,470 milhões de regras. Foram 535 leis,
decretos, medida provisórias, normas complementares e emendas editadas em média
por dia. A União editou 163 mil normas; os Estados, 1.460.985; os municípios,
3.847.866. Imagine-se se fossem enumeradas o cipoal de burocracias de mais seis
constituições federais anteriores, desde 1824.
As empresas brasileiras para obedecer são campeãs mundiais
para obedecer a extensa legislação. Gastam em média 2.600 horas para o
atendimento das exigências fiscais. Àquelas empresas não formalizadas, ilegais,
clandestinas não obedecem às regras, os decretos, as leis e normas técnicas.
Não têm tais custos. Por seu turno, o poder público não tem capacidade
fiscalizatória.
O mercado de falsificações e de contrabando ignora o Estado,
as leis, as normas técnicas, sendo concorrência desleal com empresas sérias. O
mercado ilegal afasta investimentos, tiram empregos e renda dos brasileiros,
afetando diretamente a geração de riquezas no País.
O fato é de que existem regras em excesso, muitas se
sobrepondo sobre outras. O País precisa de tranquilidade institucional, de
controles rígidos e de maior fiscalização.
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