01/03/2018 - DESEMPREGADOS, SUBOCUPADOS E NÃO DISPONÍVEIS
Cabe ao IBGE calcular o indicador de desemprego do País, por
meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD-CONTÍNUA),
apresentando mensalmente à Nação. A enquete abrange mais de 90% dos municípios
e compreende pelo menos 3.500 cidades, dentre as 6.670 existentes. Em janeiro existiam
12,7 milhões de pessoas em desemprego aberto, correspondendo a 12,2% da
população economicamente ativa. No caso, aproximadamente a 100 milhões de
teoricamente apto ao trabalho. Ocorre que existem os subocupados e os não
disponíveis para trabalhar, no montante de 13,7 milhões. Logo, referidos cálculos
do exército de 26,4 milhões, correspondem aproximadamente a 26% daqueles aptos
ao trabalho.
Segundo a pesquisa, o desemprego ficou maior do que o anotado
no trimestre encerrado em dezembro, quando a taxa foi de 11,8%, mas ficou
estável em relação ao trimestre anterior, quando a taxa também foi de 12,2%. O
número, entretanto, está abaixo da taxa registrada no trimestre encerrado em
janeiro do ano passado, de 12,6%. O indicador de desemprego só não continuou em
queda no trimestre encerrado em janeiro por motivos sazonais. Janeiro é um mês em
que muitos trabalhadores temporários são dispensados e tradicionalmente há um
aumento do desemprego. Por segmentos produtivos, o IBGE mostrou que a
construção civil cortou 281 mil postos de trabalho no período de um ano. O total
de ocupados na referida atividade encolheu 4%, no trimestre até janeiro de 2018,
ante o mesmo período de 2017. Houve cortes na agropecuária com menos de 350 mil
empregados, uma retração de 3,9%. Na direção inversa, a indústria criou 558 mil
vagas no período de um ano, sendo alta de 5%. O comércio contratou 186 mil
empregados, alta de 1,1% na ocupação do seu setor.
Em suma, trabalhadores temporários costumam deixar seus
empregos nesta época, período pós grandes festas. A informalidade bate recorde,
enquanto os empregados de carteira assinada são cada vez mais raros no País.
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