21/08/2017 - MADE IN CHINA E FEITO PELA EDUCAÇÃO




Um grande país se faz com a organização do presente e a preparação para o futuro. Não vive do passado imperial, tal como faz o Brasil, cuja organização repete um conjunto de enormes privilégios a sua classe política, os seus burocratas e magistrados, representados no poder legislativo, executivo e judiciário. Cartórios em profusão e burocracia excessiva coloca o País com um péssimo ambiente geral de negócios, conforme estudos anuais do Banco Mundial, chamados de doing business. Contudo, os seus empresários, por seu turno, gostam de viver de benesses dos governos. Ainda, por outro lado, 60% da população tem deficiente escolaridade, conforme pesquisas em poder do Ministério da Educação.

Duas vertentes, pelo menos, colocam o caminho para tornar-se desenvolvido, seja em país de capitalismo de Estado, tal como a China e, em países ditos democráticos, tal como aconteceu na Finlândia, Coreia do Sul e Cingapura, que eram pobres até meados do século passado. A saída tem sido a crescente melhora no ambiente de negócios.

Na China, o planejamento estatal fez sua abertura comercial com o exterior, em 1979. Desde então começou a crescer acima de 7% e em muitos anos acima de 10% ao ano. Na primeira década deste século a China se tornou a segunda maior economia do mundo e continua crescendo alto. Ela abandonou o passado, de que tudo que “não prestava” era feito na China, para hoje ter um planejamento de longo prazo eficiente, promovendo a produção interna de bens de alta tecnologia, tais como robôs, medicamentos, carros elétricos e equipamentos aeroespaciais. Mais do que a quantidade, o foco deles nesta década tem sido a qualidade dos produtos. Claro que a China ainda não é um país desenvolvido, em seu todo, como é em suas partes em Hong Kong e Shangai. Entretanto, o governo chinês está incentivando a inovação em dez setores chaves, como robótica, informação tecnológica, equipamentos médicos, eletrônicos, biofarmacêuticos. Para isto, tem promovido o estabelecimento de parques tecnológicos com incubadoras e startups (empresas inovadoras em estágio inicial).

Na Finlândia, Coreia do Sul e Cingapura, a educação básica foi vista como a base para tornar suas sociedades mais produtivas e criativas. Para a carreira do magistério só ingressam os melhores alunos e melhores preparados da sociedade. Geralmente, os salários são muito bons e a concorrência é acirrada. A prioridade na educação é de construir bons currículos para alunos do infantil ao curso médio.

O Brasil sabe disso, mas não o faz. Aqui a maioria dos princípios ainda é da etapa imperial ou de forma cartorial. Aqui há os donos do poder, constituindo uma série de privilégios para as pessoas e de incentivos para as empresas. Estas “proteções” só conduzem ao atraso e à ineficiência, como soe acontecer.

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