14/08/2017 - PLANO NACIONAL DE CONCESSÕES
O governo central está em correria, executando o orçamento
aprovado pelo Congresso. Em 14 meses de execução, teve um orçamento aprovado no
ano passado com déficit primário de R$159 bilhões, tendo executado menos disso;
para este ano tem déficit primário previsto de R$139 bilhões, correndo para
encontrar receitas e não estourá-lo. Para o ano que vem o déficit primário
estimado está em R$129 bilhões. A ideia dele é de que o déficit seja zerado nos
próximos anos e se volte ao superávit primário. Procura executar a lei do teto
dos gastos e tem que obedecê-la. Porém, enquanto a recessão ou a estagnação
continuar vem cogitando de muita coisa para o ano que vem, em diante, desde
cogitações antigas, como aumento de impostos sobre grandes fortunas, heranças,
doações e dividendos, de reonerações de tributos, de ampliar a tabela de
alíquotas do imposto de renda, de legalização de jogos, de legalizar
entorpecentes para taxá-los, de impostos sobre bebidas açucaradas, de
refinanciamento de dívidas e de fazer concessões. Na verdade, a carga
tributária é ascendente desde 1946, quando era 16% do PIB. Atualmente, está em
36%. A retomada do crescimento é a luta do governo, para que não se torne mais
impopular.
A respeito das concessões, em estudos se encontram 89
projetos na Empresa de Planejamento e Logística (EPL), órgão estatal incumbido
do Programa Plurianual de Investimentos (PPI), cujos investimentos são
superiores a R$220 bilhões, até 2035. Há um emaranhado de propósitos públicos
de fazer as obras, através de um Plano Nacional de Concessões. Até o final do
mês pretende o governo lançá-lo. O Plano segue o modelo do setor elétrico ora
em curso. Há meses atrás o governo lançou uma minuta do que seria a sua síntese
do Programa de Aceleração do Crescimento 3 (PAC 3), proposto para o governo de
Dilma 2, abortado por Michel Temer e reunido em várias propostas, que nunca foi
lançado como agenda do governo. Adiantou-se um nome da síntese: Avançar Brasil.
Mas, não avançou. Porém, em outro flanco, a EPL já concluiu 54% dos 89 projetos
inscritos no PPI. Neste semestre estão previstos leilões do pré-sal e de blocos
exploratórios de petróleo, de quatro usinas da CEMIG e do lançamento da LOTEX,
jogos da raspadinha.
Adiantados estão os cronogramas de 24 concessões concedidas.
Estão em disputa 65 projetos, sendo 3 ferrovias, 2 rodovias, 13 terminais, 2
rodadas de leilões de petróleo e gás, 36 projetos de energia, 6 direitos de
exploração de minério, 03 loterias instantâneas.
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