13/07/2017 - ECONOMIA E POPULARIDADE




No final do mês passado, pesquisa do Instituto Brasileiro de Pesquisas (IBOPE), talvez a mais antiga entidade de pesquisa do ramo político do País, contratada tradicionalmente pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), mostrou que a aprovação do presidente Michel Temer caiu de 10% para 5%, entre março e julho deste ano. Este último número é menor do que o obtido por José Sarney, Fernando Collor e Dilma Rousseff, no auge da impopularidade deles. Não há dúvida, um governo sem legitimidade, não tem feito progressos e está procurando desesperadamente estancar a sangria deixada por Dilma, que jogou o Brasil no buraco em que ainda está. Por seu turno, a avaliação negativa do governo Temer aumentou para 70%. No levantamento anterior, divulgado há cerca de quatro meses, 55% avaliavam o governo como ruim ou péssimo. A parcela que considerava o governo regular caiu para 21%, ante 31% em março. Os que não responderam sobre a avaliação do governo representaram 3% dos entrevistados. A aprovação pessoal do presidente 83% disseram desaprovar a maneira de Temer governar, ante 73% em março. Já os brasileiros que aprovaram o jeito do presidente administrar caíram de 20% para 11%, no período em referência.

A que se deve essa queda abismal? Deve-se a denuncia do grupo JBS, afirmando que Temer está envolvido em corrupção. O pior de tudo é que ele tem comprado abertamente parlamentares para votar em seu favor em processos de seus pedidos de impeachment. É uma enxurrada de desaprovação, porque se vê claramente que Temer trata os políticos em um balcão de negócios. Claro, a população está vendo isto e está vendo mais que ele toca o barco em favor do grande capital, em detrimento dos programas sociais. Lula fazia o mesmo, mas “dava com uma mão para os capitalistas e com a outra mão” benefícios sociais. Dilma tentou segui-lo, mas não teve a sua competência política, desagradou às elites e ao povão, hoje nem se vê falar dela e acabou afastada. Temer substituiu numa situação caótica. A costura de Temer lhe pode dar sobrevida. Porém, depois que terminar o governo poderá não ficar impune.

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