20/08/2017 - ECONOMIA DEIXANDO A ESTAGNAÇÃO
A estagnação é de quando o PIB não cresce. Fica bem próximo
de zero. O Banco Central (BC) divulgou há dois dias que a atividade econômica,
através do IBC-Br, registrou crescimento no segundo trimestre deste ano. Mas,
de 0,25%. No primeiro trimestre, de acordo com dados atualizados do BC, a
economia cresceu mais, chegando a 1,22%. Em relação ao segundo trimestre de
2016, houve queda de 0,22%, segundo os dados sem ajustes, já que a comparação é
feita entre períodos iguais. O IBC-Br é uma forma de avaliação do BC de tomar
decisões sobre a taxa básica de juros, a SELIC, além da inflação. O indicador
incorpora dados sobre o nível de atividade dos setores da economia, além do volume
de impostos faturados. É considerada uma prévia do PIB, que é o indicador
oficial do IBGE. Quer dizer, o IBC-Br está mostrando um crescimento forte. No
ano passado, o IBC-Br, por sua vez, mostrava que a recessão era mais severa do
que a apresentada pelo IBGE. Porém, o PIB do primeiro trimestre divulgado pelo IBGE
foi frustrante. Os dois indicadores tem metodologia diferente.
Captado pelo IBC-Br, o comércio surpreendeu no segundo
trimestre e interrompeu sequência de oito quedas seguidas. Porém, a
deterioração do déficit fiscal, forçando o governo a propor brutal elevação, de
R$139 bilhões, para R$159 bilhões, além do desemprego de 13,5 milhões,
turbinado agora pela divulgação do IBGE, de que, somado com o subemprego, estão
26 milhões de brasileiros, vão em sentido contrário. Por seu turno, a Caixa
Econômica reduziu a sua participação de financiamento de 80% para 70% de
imóveis novos e de 70% para 60% de imóveis usados, o que contribui para
desestimular a construção civil.
Em suma, os quase oito meses do ano estão indicando que o ambiente
gelado dos quase três anos tem alguns lados aquecendo e há ainda aqueles
gelados e outros frios. O que se vê é que a economia está deixando lentamente o
quadro de estagnação.
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