08/08/2017 - FRENTES DA AGENDA ECONÔMICA
A equipe econômica de o presidente Michel Temer é
representada pelo Ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, banqueiro, com
passagem pelo Banco de Boston, consultor do JBS, terceiro maior grupo econômico
do Brasil, que também tem o Banco Original. Meirelles foi presidente do Banco
Central (BC) com Lula, do primeiro ao último dia de governo. Ele foi eleito
deputado federal em 2002 pelo PDS (atual DEM). Porém, serviu ao governo do PT e
agora serve ao governo do PMDB. Pelo Ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira,
funcionário federal de carreira. Pelo presidente do BC, Ilan Goldfajn, nascido
em Israel, tendo sido antes diretor do segundo maior grupo brasileiro, o Banco
Itaú (o primeiro é o Bradesco). Portanto, o perfil deles é ortodoxo. Ao assumir
o governo, Temer reduziu o número de ministérios em dez, de 38 para 28, na
tentativa de reduzir o tamanho do Estado. Pouco reduziu devido a sua costura
política de manter cargos aos aliados. Depois, conseguiu em 2016 aprovar a lei
do teto de gastos, em vigor. Em seguida, conseguiu a reforma trabalhista, que
entrará em vigor ainda neste ano. Aguarda o prazo de 180 dias. Encaminhou a
reforma da Previdência, essa mais complexa, há muito tempo sendo debatida.
Sofreu ação de denúncia de corrupção pela PGR, votada na Câmara, da qual saiu
vitorioso. Estancou o processo de aprofundamento da recessão, controlou a
inflação e se debate com a meta fiscal. As dificuldades são enormes porque é
impopular, contando somente com 5% de ótimo a bom. Pelo exposto, não conseguiu
a retomada do crescimento ainda e, nesse sentido, redefiniu, depois da votação
na Câmara, frentes de agenda econômica de 7 itens.
Meta fiscal. Corre contra o tempo para não
ultrapassar o déficit previsto de R$139 bilhões. Reduziu investimentos e não
logrou mais crescimento também por isso. Reforma
da Previdência. Colocou na ordem do dia e vai revigorado para a votação em
plenário da Câmara em setembro. Reforma
Tributária. Lançou ontem quatro medidas de simplificação tributária, o que
foi de agrado dos empresários. Juros do
BNDES. Medida Provisória está no Congresso, propondo reduzir gradativamente
os subsídios nos financiamentos. REFIS.
A MP enviada ao Congresso foi desfigurada. Esperará esgotar seu prazo para
emitir outra que possa chegar a um acordo.
Reoneração da folha de pagamentos, que é aumento de tributos das empresas.
A MP provisória vai caducar. Promete enviar projeto de Lei, para vigorar no ano
que vem. Servidores. O forte
reajuste e de forte impacto nas finanças públicas está sendo estudado o seu
adiamento para o próximo ano.
Na verdade, Nos governos do PT “os ricos ficaram mais ricos e
os pobres menos pobres”, em célebre diagnóstico da revista inglesa Financial
Times. Contudo, eles estatizaram bastante a economia e tornou a corrupção
sistêmica, deixando uma reversão em suas façanhas. Em consequência enorme
déficit fiscal depois de 18 anos. O governo de Temer está procurando sair do
imenso buraco em que foi colocado o País e procurando realizar as reformas
estruturais, que são exigências do grande capital para voltar a realizar mais
inversões, enquanto a luta contra a corrupção sistêmica corre em paralelo. A
sua gestão é sofrível.
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