16/08/2017 - INFLAÇÃO DE JULHO REVERTE DEFLAÇÃO
A inflação de 0,24% no mês de julho, em relação a junho,
medida pelo IPCA e divulgada pelo IBGE. Foi o menor número para julho desde
2014, quando o indicador ficou em 0,01%. No acumulado de 12 meses, o índice
ficou em 2,71%, abaixo da meta de inflação de 4,5%, menos o viés de baixa de
1,5%, que seria o mínimo de 3%. O centro da meta de 4,5% foi fixado em 2007.
Mas, o referido patamar de 2,71% foi o menor para 12 meses, desde fevereiro de
1999, quando o indicador ficou em 2,24%. A inflação de julho reverteu à
deflação que vinha acontecendo e deflação não é bom para ninguém, por que
embute a volta à recessão. A inflação baixa é desejável porque evita o
entesouramento. Ademais, os sinais da economia são de melhoras lentas em
diversas áreas, sendo o mais significativo que há alguns meses há criação
líquida de empregos com carteira assinada.
Por outro ângulo, a inflação de julho trouxe para o Banco
Central a indicação de que o Comitê de Política Econômica irá reduzir os juros
básicos da economia, já em 9,25%, podendo cair para 8,25%. No País, segundo a
Associação Nacional de Educadores Financeiros de Crédito (ANEFAC), a redução
média das taxas de juros cobrada pelos bancos recuou 0,79%, sendo a oitava
queda mensal. Porém, é de estarrecer a média de juros de 7,58% ao mês, para as
pessoas físicas, conforme a ANEFAC, mesmo assim, sendo o menor patamar desde
agosto de 2015.
Em junho a inflação foi de – 0,23%. O retorno a 0,24%, em
julho, decorreu do aumento geral dos combustíveis e a alta da energia elétrica
com a bandeira amarela. Em julho houve o aumento dos tributos do PIS/COFINS,
garantindo inflação positiva em agosto, mas, pequena. Quanto à outra pressão
inflacionária para este mês está a indicação de alerta com bandeira vermelha da
energia elétrica. Já a inflação dos alimentos vem caindo, contrabalanço o baixo
indicador ora apresentado. Para agosto, a expectativa de mercado é de inflação
de 0,5% e de chegar ao final do ano por volta de 3%.
A inflação tão baixa melhora a renda das famílias, elevando o
consumo. Entretanto, o crescente déficit público não retira o País da estagnação
econômica em que está.
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