18/08/2017 - RECESSÃO AUMENTA A POBREZA




Nada mais lógico do que a recessão aumentar a pobreza. Quem é o porta voz do fato é o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), órgão do governo federal, criado em 1967, justamente para análise de problemas econômicos brasileiros e propor políticas públicas. Desta vez, o IPEA trabalhou com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e pela Fundação João Pinheiro. O trabalho conjunto aponta que, a partir de 2014, para somente 2015, a pobreza brasileira se elevou em 22%. No primeiro ano do relatório colegiado os pobres eram 8,1% da população, saltando para 9,96% em 2015. Como a recessão se aprofundou em 2016, muito provavelmente mais de 10% dos brasileiros eram pobres. Voltando a 2015, a pesquisa revelou que mais de 4,1 milhões de brasileiros entraram na faixa de pobreza no primeiro ano da recente e forte recessão, na passagem de 2014 para 2015. Dos 4,1 milhões de brasileiros, 1,4 milhão retornou para a extrema pobreza. Nesta faixa estão as pessoas com renda familiar inferior a R$70,00 mensais. Estes passaram de 3,01% para 3,63%.

Por seu turno, a renda mensal per capita brasileira se reduziu de R$803,36, em 2014, para R$746,84, em 2015, segundo o relatório citado. Para as instituições de pesquisa a crise deflagrada entre 2014 e 2015 resultou em piora do quadro social do País como nunca visto desde o ano de 2.000. Para elas, o número de pobres caiu de 27,9% para 15,2%, entre 2000 a 2010. Entre 2010 e 2014, houve redução para 8,1%. Mas, em apenas um ano voltou para 9,96%. Em 2016 também ultrapassará 10% e, em 2017, como será? Está clara uma não desejada regressão.

Além do aumento do número de pessoas pobres no Brasil, houve uma queda na renda média das pessoas na linha de pobreza, no período pesquisado, de R$154 para R$150,00. O numero de pessoas em pobreza, com renda per capita de meio salário mínimo, apresentou alta de 10%, segundo também os pesquisadores.
O fato é que o PIB caiu 3,8% em 2015, trazendo o mau resultado em referência. Porém, em 2016, regrediu também 3,6%%, um resultado negativo em cima de outro, desdobramento visível no elevado desemprego e infelicidade de grande parte dos brasileiros de agora. A situação não está nada fácil.

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