03/08/2017 - AGENDA DO GOVERNO CENTRAL
Na votação de ontem, da denúncia de corrupção passiva ao
governo de Michel Temer, a Câmara de Deputados, que tem 513 membros, rejeitou a
denúncia, que poderia afastar por 180 dias o presidente, com 263 votos ao seu
favor, 227 contra, 19 ausências e duas abstenções. Desde que Temer substituiu
Dilma a mais de um ano atrás e a um ano e meio para terminar o mandato, tem-se
procurado uma agenda para o governo central, já que ele não foi capaz de fazer
um plano econômico, tampouco de lançar um programa de governo, chegou até a
anunciar que faria uma alteração no Programa de Aceleração do Crescimento, em
sua terceira fase, o PAC 3, deu até nome, de “Avança Brasil”. Mas não lançou.
Hoje, no jornal O Globo, Miriam Leitão, em artigo intitulado “O pretexto
econômico”, refere-se a que “Muitos governistas votaram ontem, afirmando que
era preciso manter o presidente Michel Temer no cargo porque o governo está
tocando uma agenda de reformas econômicas... Recuperação da economia foi um
pretexto falacioso para barrar denúncia contra Temer... O Brasil está envolvido
em duas agendas: reformar o gasto público e combater a corrupção. Não pode abrir
mão de uma delas em nome da outra... Oposição fingiu não saber que a recessão e
o desemprego começaram no governo Dilma.” Na Folha de hoje, em editorial “O que
move a agenda”, refere-se que “A expansão da dívida pública, que não deve ser
sustentada até o final desta década, é a força motriz das reformas, mas não
este ou aquele grupo político. A capacidade que um governo tem de gastar acima
de suas receitas depende, é claro, da existência de investidores dispostos a
emprestar dinheiro necessário para cobrir o déficit do orçamento. As fronteiras
para tais arranjos são, sim, elásticas, mas finitas”.
As variáveis citadas por Miriam, de reformar o gasto público
e combater a corrupção são os problemas apontados pelos capitalistas
brasileiros, que querem reduzir o tamanho do Estado, que se agigantou nos 13
anos do PT no poder, fazendo reformas estruturais. Só assim, voltarão a
investir mais, para a retomada do crescimento. Enquanto isto não ocorre, o
governo central vai lançando mão da expansão da dívida pública, enquanto tem
aplicadores financeiros. Os problemas são de até quando irá à confiança sob
ameaça de um calote?
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