01/08/2017 -FALTA FIRMEZA NA PRODUÇÃO INDUSTRIAL
O IBGE divulgou dados da produção industrial, que teve o
melhor primeiro semestre em quatro anos, crescendo 0,5%. Em junho a atividade
do setor ficou estável. Após dois meses de alta, a produção de junho ficou sem
incremento, em relação a maio. No primeiro semestre de 2013, a variação
acumulada ficou em 3%. Logo, o que aconteceu no atual semestre está longe de
indicar uma trajetória consistente de crescimento industrial. O resultado atual
positivo é comparado com o primeiro semestre de 2016, quando recuou 8,8%.
Assim, a produção industrial está 18,2% abaixo do pico histórico mais próximo,
alcançado em junho de 2013. A taxa acumulada nos últimos 12 meses é de – 1,9%,
até junho. Apesar do resultado negativo, foi um ritmo de queda menor do que o
iniciado em junho de 2016, quando a produção industrial caia 9,7%, consoante o
IBGE. O resultado atual é o melhor em três anos nesta base de comparação. Em
junho de 2014, o indicador mostrava queda de 0,5%. Segundo o IBGE, a última vez
que a variação acumulada ficou positiva em 12 meses foi em 2013, quando a taxa
ficou em 1,5%. Portanto, falta firmeza na produção industrial.
Ademais, o aumento dos combustíveis em julho fizeram as
previsões para economia não serem otimistas, mas garantindo somente a
estagnação. A queda da inflação, que vinha para 3%, agora subiu para 3,5%. Por
seu turno, a equipe econômica já está admitindo que estude mudar a meta fiscal
de déficit de R$139 bilhões. Para mais. O governo contou com receitas extras
que não se confirmaram. Dilma, quando assumiu em 2011, a dívida pública estava
em 52% do PIB e havia superávit primário. Cinco anos e meio de seu governo,
saiu com déficit primário e dívida pública em 67% do PIB. Michel Temer pegou a
situação deteriorada. Na semana passada a dívida pública chegou a 73% do PIB.
Se for aprovada a reforma da Previdência, preveem analistas financeiros, ela
poderá se estabilizar em 80%. Se não, ultrapassará 100%. A situação é
tipicamente de apagão financeiro. Incompetência, mesmo que se diga que na
equipe econômica têm notáveis.
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