30/10/2014 - FÓRUM DE SÃO PAULO
Há 20 anos, poucos dias antes do
início do Plano Real, em 1994, o PT, representado pelo candidato Lula a
presidente, que fora em 1989, consecutivamente, em 1994, em 1998 e em 2002,
sendo eleito naquele ano, reeleito em 2006, em seguida, Dilma eleita em 2010,
reeleita em 2014, juntamente com Fidel Castro, criaram o Fórum São Paulo,
naquela Capital, visando implantar o sistema de governo bolivariano na América
do Sul. Como se sabe, Simon Bolívar é o libertador das Américas, antes sob o
jugo da Espanha. A implantação do Fórum foi a de contrapor-se ao imperialismo
americano e europeu. Para ganhar as eleições de 2002, Lula fez um recuou
surpreendente, ele fez uma “carta aos brasileiros”, prometendo respeitar
contratos, bem como composição com o PSDB, para dar continuidade ao Plano Real
e manter a estabilidade econômica conquistada em 1994, em nome da
governabilidade, colocando como seu ministro mais importante Henrique
Meirelles, eleito pelo PSDB, que permaneceu do primeiro ao último dia dos oito
anos de gestão de Lula. Contudo, em momentos da sua administração, fez acordos
secretos com a Bolívia, Equador e Venezuela, além de Cuba, para construção de
obras públicas financiadas pelo BNDES. Desfez o compromisso de acordo comercial
das Américas, no âmbito do que seria a ALCA, aceitou asilo do terrorista
italiano, condenado, Cesare Battisti, deportou dois lutadores de box cubanos,
que pediram asilo, quando dos jogos pan-americanos. A presidente Dilma se
manteve no mesmo diapasão, também não assinando acordo comercial com a União
Europeia. No mundo todo o Brasil é signatário de dois acordos inexpressivos,
com Israel e a Turquia, enquanto o Chile e o México têm mais de cinquenta
acordos bilaterais cada, assim como o Brasil perdoou a dívida de mais de dez
países africanos, onde existem ditaduras militares marxistas. No último ano do
seu mandato, Dilma surpreendeu, editando o Decreto 8.243, em 23-05-2014,
criando a Política Nacional de Participação Social (PNPS), pelo qual diferentes
Conselhos Populares implantariam e monitorariam, através de secretaria
específica e da Casa Civil, as políticas públicas, sem necessidade de leis
específicas. O modelo que seria adotado é vigente na Venezuela, Bolívia e
Equador, onde só existem efetivamente dois poderes: o Executivo e os Conselhos
Populares, escolhidos pelos partidos majoritários, no fundo, partido único.
Um exemplo de como funcionaria o
modelo é a atual situação das Santas Casas, onde o governo quer que o SUS tenha
60% de participação. Não o fazendo, as Santas Casas não têm atualização das
verbas governamentais. Outro exemplo, a presidente depois de eleita quer fazer
um plebiscito para a reforma política. Mas, o Congresso é contra fazer como
plebiscito, mas a favor de um referendo. Isto é, uma lei aprovada pelo
Congresso iria para referendo popular. Além do mais, para que o governo não
tente esvaziar a Câmara, anteontem, em plenário, foi aprovada uma lei que anula
o referido Decreto 8.243. Em face disso, o PT tem sua base aliada, mas esta se
rebela, quando o PT quer governar sozinho. O PT acredita que aprovará no Senado
referido decreto. Mas, o presidente do Senado, Renan Calheiros, acredita que
não. Isto sim, é que é democracia, ainda que mantendo enormes privilégios dos
congressistas. Ainda que queira, ainda não será dessa vez que o PT irá
conseguir seu intento.
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