26/06/2014 - 4º DEBATE E REELEIÇÃO
Há dois dias se realizou o último
debate do segundo turno presidencial. Repetiu-se o que houve nos três debates
anteriores. Questões pessoais deram lugar a questões nacionais, assim como
Aécio Neves cobrava da presidente uma posição sobre os escândalos da Petrobras,
ela saía mais uma vez pela tangente. Dilma Rousseff voltava também à questão de
nepotismo atribuído a Aécio Neves. Ele dizia que a presidente mentia e o caluniava.
Das pesquisas da Datafolha e do Ibope, em seis eleições, eles acertaram todas.
Nesta sétima eleição não foi diferente, acertaram mais uma vez. O Ibope foi
preciso nas proporções de ambos. Dilma Rousseff foi reeleita com 51,6%,
recebendo 54.501.118 votos, enquanto Aécio Neves obteve 48,4%, ou seja, 51.041.155
votos. Abstenções foram 21,1%. Brancos e nulos 6,34%.
Novo ciclo presidencial com a
marca do PT completará 16 anos no poder. É tempo de se discutir e exigir da reeleita
um governo eficiente no atendimento da população, menos permeável à politicagem
e que cumpra suas promessas de reformas econômicas, a começar com a educação, a
tributária, de marcos regulatórios e as parcerias público-privadas para
resolver os gargalos da infraestrutura. Pelo País muitas obras acumulam atrasos
e estouro de verbas. Questões da estabilidade monetária se colocam na ordem do
dia, do saneamento e da segurança pública. Enfim, existem vários caminhos a
seguir. O que se espera da presidente reeleita é que seu lema de ideias novas
se tornem efetivamente projetos novos. Não se viu de sua parte uma “carta aos
brasileiros”, feita por Lula, em 2002, quando prometeu respeitar contratos e
adesão aos princípios básicos da sociedade capitalista. É urgente, portanto,
que a presidente se alie aos empresários, para que voltem a investir, para a
retomada do processo de crescimento econômico.
Após vitória apertada de sobre
Aécio, a presidente propôs o diálogo com todos os setores da sociedade,
prometendo reformas e a retomada do crescimento. Para a Saúde, expandir o
Programa Mais Médicos e ampliar a rede de UPAs. Para a Segurança pretende criar
o modelo de polícia integrada. Para a Educação afirma que irá destinar 75% dos
royalties do pré-sal. Perante o País dividido afirmou a presidente: “Promoverei
com urgência ações localizadas, em especial na economia, para retornarmos nosso
ritmo de crescimento”. A propósito, quando explodiram os movimentos populares
de junho de 2013, a presidente propôs vários e urgentes pactos sociais, que não
se concretizaram. Em resumo, o mínimo que se pode esperar é a reforma
tributária, sem a qual muito provavelmente não se conseguirá atrair
investimentos e a economia continuaria na mesma letargia.
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