08/10/2014 - LOGÍSTICA COM TRANSPORTES



O presidente Juscelino há cerca de seis décadas tinha pensado na logística com transportes, que colocaria um país de dimensões continentais, na posição de uma das melhores infraestruturas mundiais. O seu Plano de Metas de 1956 se constituía em 30 grandes objetivos, distribuídos em cinco setores, onde, reunindo tudo isto, em síntese, estava na construção de Brasília, no planalto central do Brasil. JK alcançou uma taxa média anual de crescimento do PIB de 8,3%. O seu Plano integrou as cinco regiões, adentrou o Brasil, porquanto a região que mais tem crescido desde os anos de 1950 tem sido a Centro Oeste. Porém, o País somente tem saída para o Oceano Atlântico. Sempre foi um sonho acalentado a saída para o Pacífico, sem êxito. Em decorrência da geografia brasileira, a logística com transportes que se vem esboçando tem sido muito mal planejada. Assim, um navio de cargas que sai de Manaus, tem rota para São Paulo, antes de ir para Recife. Por seu turno, os produtos agrícolas colhidos nos perímetros irrigados da região do rio São Francisco, vão primeiro para a Central de Abastecimento do Grande Estado de São Paulo (CEAGESP), retornando depois para o Nordeste. A tradicional comparação com os Estados Unidos revela que lá todos os aviões de carga se dirigem para o centro daquele país, de onde são distribuídos para os Estados. Em consequência, o custo médio de logística empresarial nos Estados Unidos é de 7,5%. Segundo a Fundação Dom Cabral, no Brasil referido custo é de 13%.

Como resolver o problema de logística com transportes no País? A resposta é aumentar os investimentos. O governo federal convive com elevado déficit orçamentário, maior do que 3,5% do PIB, pouco sobrando para investir em infraestrutura. A solução é a realização de parcerias público-privadas. No entanto, os empresários reclamam de que o governo quer sempre fixar a taxa de retorno do investimento, o que vem atrasando a concessão de estradas por anos seguidos. Em seguida, não existem marcos regulatórios definidos para grande parte das obras de infraestrutura. A Confederação Nacional de Transportes calculou que são necessários 2.045 projetos identificados, para eliminar gargalos da logística, cujo valor estimado é de um trilhão de reais, sendo as maiores inversões em trilhos, R$449 bilhões, bem como em rodovias, R$362 bilhões. Mas, não ficam atrás hidrovias, aeroportos e portos.

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