23/10/2014 - ECONOMIA MUNDIAL DESACELERA




“Vivemos um momento especial, em que a crise internacional afeta a economia brasileira, mas nós saímos dessa crise e a enfrentamos de peito aberto”, disse a presidente Dilma Rousseff, no terceiro debate do 2º turno no SBT. Não é verdade. A gestão de Dilma piorou a economia brasileira, tanto não seguindo o exemplo de Lula, que foi bem melhor, como não está enfrentando crise externa nenhuma e sim a sua própria crise de incompetência.

Um retrospecto do início da crise internacional, iniciada em 2008, mostra que a gestão de Lula vinha embalada, crescendo 5,2% em 2008, estagnando em 2009 (crescimento perto de zero), retomando o crescimento de 7,5% em 2010. No triênio em foco, a economia brasileira cresceu mais do que a média da economia mundial. O Brasil resistiu aos momentos ruins do triênio, ampliando as vendas de matérias primas para a China.

Durante a atual gestão econômica, a economia mundial cresceu a uma média de 4,1%, enquanto o País cresceu 2,7% em 2011. Já, em 2012, o mundo ampliou sua economia em 3,4%, o Brasil elevou seu PIB em 1%. Em 2013, o globo cresceu 3,3%, o PIB brasileiro se elevou 2,5%. Para este ano, a projeção do FMI é de que o mundo cresça 3,3%, enquanto o mesmo FMI estima 0,3% para o Brasil. Enfim, a média mundial, conforme os números acima, para os quatro anos, 2011-2014, é de 3,53%, enquanto para o Brasil é de 1,63%. Ou seja, 46%. Nem mesmo a metade do desempenho médio mundial.

Sem dúvida, nos últimos anos, a economia global avançou em ritmo lento. Porém, o País freou por questões internas. Retraíram-se os investimentos privados, tendo em consequência se elevado menos a oferta, assim como se contraiu a confiança do consumidor, tendo em consequência retração da demanda.  O problema todo é que parece que a economia mundial desacelera agora. O PIB da China está estimado em crescer 7% em 2015, o ritmo mais lento desde 1999. As vendas no varejo nos Estados Unidos caíram 0,3% em setembro. A produção industrial da Alemanha diminuiu 4%, entre julho e agosto. O valor do barril do petróleo se retraiu 25% desde junho. O preço da tonelada industrial se reduziu de US$1,300.00, em 2011, para US$960.00 neste ano. A indústria brasileira poderá se retrair próximo de 2,5% em 2014. Em vista do exposto, o risco de contágio da crise externa será intenso no próximo mandato.

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