13/10/2014 - ESCÂNDALOS DIVULGADOS




A Polícia Federal investiga um sistema de corrupção na Petrobras, desde o início deste ano, denominada de Operação Lava a Jato, cujos desvios são estimados em R$10 bilhões. O ex-diretor da estatal, Paulo Roberto Costa, assim como o doleiro Alberto Youssef, obtiveram a possibilidade de fazer delação premiada, isto é, denúncias de envolvidos para obter benefício de redução da pena, permanecendo em sigilo. Porém, no final de semana, chegou a público os vazamentos de que os escândalos na estatal foram para beneficiar, na eleição de 2010, o PT, PMDB e PP, partidos mais fortes da base aliada. Ademais, um grupo de empreiteiras foram denunciadas e tem cinco dias para explicarem as transferências para o doleiro de pelo menos R$31,5 milhões. Em computadores de Youssef, a PF encontrou documentos como Acordo de Sigilo das ligações da Petrobras com empresas do doleiro. A Justiça Federal do Paraná divulgou nota de que não houve vazamentos, visto que o texto se refere a uma das dez ações penais do caso, que não transita em segredo de justiça, estando sujeitas a publicidade.

No Congresso Nacional, os líderes dos partidos de oposição pediram que a CPI mista da Petrobras convocasse os referidos Paulo e Alberto, para esclarecer os vazamentos das denúncias de benefícios aos partidos, mais o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, acusado de intermediar os desvios, bem como do ex-diretor de Serviços da Petrobras, Renato Duque, de 2004 a 2012, do jornalista Breno Altman, que esteve recebendo dinheiro do citado doleiro em três ocasiões, de Enivaldo Quadrado, punido no escândalo do mensalão e de que hoje trabalha com Youssef, além de José Carlos Consenza, que substituiu o diretor Paulo Roberto Costa.

Nas referidas ações penais, o Ministério Público Federal já apontou superfaturamento de R$613,3 milhões nas obras da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, alvo da operação Lava Jato. Os contratos de superfaturamento foram executados pelo Consórcio CNCC, controlado pela Camargo Corrêa, no valor de R$3,4 bilhões, sendo os desvios de recursos de 16% desse valor, além de lucro estimado de 10%.

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