07/10/2014 - PRIMEIRO TURNO
No dia seguinte ao primeiro turno
das eleições presidenciais os mercados financeiros reagiram com otimismo, após
a votação do candidato da oposição, Aécio Neves, superar previsões e deixar
mais apertada a disputa com Dilma Rousseff. Na bolsa de valores, logo após
iniciar o pregão o IBOVESPA subiu 8%, fechando o pregão com 4,7%, a maior alta
em 26 meses. Os papéis da Petrobras subiram 11%. O dólar recuou 1,43%, para
R$2,42. Os operadores financeiros têm demonstrado descontentamento com a
política econômica do atual governo, principalmente pelo que consideram excesso
de intervencionismo na economia. Aécio Neves tem a preferência dos mercados,
visto que a posição histórica do PSDB é mais ortodoxa em questões econômicas.
Este já anunciou Armínio Fraga como seu Ministro da Fazenda, ele que foi
presidente do Banco Central com FHC. Aécio está sendo mais claro do que Dilma,
que disse que o atual ministro Guido Mantega não continuará, sem anunciar o
provável substituto. Os mercados acreditam que o Ministro da Fazenda continuará
sendo de fato ela mesma, como ocorre hoje, se reeleita.
Pela décima nona vez consecutiva,
o levantamento do Banco Central, informativo Focus, reduziu de 0,29% para 0,24%
o crescimento do PIB deste ano, após ouviu 100 credenciados analistas. Ademais,
o mercado financeiro prevê que o próximo governo terá de elevar mais cedo do
que se imaginava a taxa básica de juros, a SELIC, de 11% para 12%, em doses de
0,25%, nas reuniões do COPOM, de 45 em 45 dias. O objetivo é reduzir a
inflação. Feito isto, acreditam os analistas a SELIC irá se reduzir também
pouco a pouco.
Enfim, no caso da vitória de
Aécio, acreditam os mercados que a política econômica retomará o crescimento do
investimento, isto sendo contida na proposta da oposição, já anunciada, visto
que Armínio Fraga já vem a um ano coordenando equipe de 60 especialistas sobre
problemas brasileiros e suas soluções. No caso da vitória de Dilma, ela ainda
não tornou claro o que poderá fazer adicionalmente na economia em segunda
gestão.
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