24/10/2014 - VISÃO BRASIL 2030




Pensar a economia no longo prazo é muito difícil de encontrar quem queira fazer isto no País, visto que é um comprometimento que será cobrado. Desde os dois grandes choques do petróleo de 1973 e 1979, quando existia o planejamento de longo prazo, isto é, fazer metas para serem cumpridas, tais como existiam no planejamento de 1949-1979, exigia-se um diagnóstico e um prognóstico. Quanto ao diagnóstico, tinha-se a visão do Brasil de hoje. Quanto ao prognóstico estava na constituição dos pilares da prosperidade de amanhã (por exemplo, 2030). Os governos sejam de oposição ou de situação, que se sucederam no poder, desde 1989, não fizeram mais nenhum plano estratégico. Entretanto, iniciativa privada, durante um ano, por volta de 2.000 pessoas foram entrevistadas, em 51 cidades, por um grupo de 150 consultores, patrocinados pelas Organizações Não Governamentais: Arapyaú, Brava, Centro de Liderança Pública, Comunitas, Instituto Queiroz Jereissati, Movimento Brasil Competitivo, McKynsey Global Institute e Instituto Semeia, que produziram um documento, “Visão 2030”, cuja síntese está contida na revista Veja, desta semana, datada de 22-10-2014. A conclusão é de que o Brasil está há bastante tempo como um país de renda média ou emergente, na faixa de US$11 mil, precisando avançar para um padrão de vida similar à Polônia ou Portugal, cuja classe média alta goza de um padrão de vida semelhante à classe média baixa brasileira, bem como o padrão europeu é equivalente a renda média do Chile, a nação mais avançada da América Latina. A meta central definida no documento é de dobrar a renda per capita até 2030, para US$24 mil. O prognóstico baseia-se em cinco pilares.

  1. Crescimento. Meta de elevar o ritmo da economia a 4,5% médios anuais, o que dobraria o produto per capita até 2030.
  2. Educação. Meta de assegurar às crianças e aos jovens um ensino de qualidade, semelhante aos dos trinta melhores do mundo, acompanhados pela OCDE.
  3. Saúde. Meta de ser o país mais saudável da América Latina, mediante atendimento digno a um custo sustentável de longo prazo.
  4. Segurança. Meta de reduzir em um terço a taxa de homicídios e melhorar a percepção de segurança dos brasileiros.
  5. Governo. Meta de propiciar mais eficiência à administração pública, através de foco no desempenho e na meritocracia.

O desenho acima é muito maior do que o apresentado até agora pelos dois candidatos que disputam a presidência da República, cujo sufrágio se dará no dia 26 próximo. Pensar grande foi na época de JK. O Plano de Metas contemplava 30 metas, incluídas em cinco setores. Todas depois foram reunidas na meta-síntese, que fora a construção de Brasília.

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