05/10/2014 - EDUCAÇÃO FICANDO PARA TRÁS




A escolaridade tem crescido no Brasil, mas menos do que a média de países que tinham trajetória parecida com a brasileira até o início do ano 2.000. Assim, a média brasileira de anos de estudo para pessoas entre 20 a 24 anos é de 7,5 anos, enquanto a média dos países emergentes do seu tamanho está em 8,5 anos. A prova de que o País está ficando para trás em educação pode ser reportada à divulgação de setembro passado do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) de 2013. Depois de universalizar o acesso o ensino fundamental, o País parou de avançar na melhoria da educação no segundo ciclo do fundamental e no ensino médio. A nota do ensino fundamental, conforme início da pesquisa do IDEB em 2007 era de 3,2, na escala de zero a dez; em 2009 era 3,4; em 2011, 3,4; em 2013, 3,4. Já no ensino médio a nota era 3,5; 3,7; 3,9; 4,0; respectivamente. A meta do governo para este ano é de 4,1 em ambos os graus. Não alcançada e nada ambiciosa, visto que deveria ser acima de 5, para que fosse acima da média das médias. Nos países avançados, a média das notas está acima de 6, nos grau de estudo referido.

No último exame do teste PISA de 2.013, realizado pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que mediu o desempenho de estudantes na faixa de 15 anos de idade em 65 países, o Brasil manteve praticamente as mesmas notas publicadas nas pesquisas dos anos de 2.000, 2.003, 2.006, 2.009, 2.012. A posição brasileira em leitura está em 55º lugar, em ciências, 59º, em matemática 58º. Especificamente, o teste PISA examina a capacidade de resolução de problemas, foco em 44 países, o qual tem tudo a ver com a produtividade do trabalhador, o aluno brasileiro está em 38º lugar.

Na pesquisa especial com 528 presidentes das maiores empresas brasileiras, referenciada na revista Exame datada de 01-10-2014, o depoimento de Cleber Morais, presidente da Bematech é exemplar: “Hoje, eu tenho 100 vagas em aberto, o que equivale a 8% da minha força de trabalho. Não acho a mão de obra no mercado, mesmo fazendo parceria com universidades do Brasil inteiro. É uma pena, porque o País poderia ser uma das maiores potências na área de serviços de tecnologia se investisse em educação voltada para essa área”.

Em face do exposto, não é sem motivo que a produtividade brasileira se encontra estagnada. Portanto, é necessário que haja uma verdadeira reforma educacional. O presidente que poderá ser eleito neste outubro, não deverá descuidar-se deste maior problema nacional. 

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