31/12/2012 - BALANÇO ECONÔMICO



O ano de 2012 é do de pior desempenho econômico em dez anos de governo do PT. A defesa da economia doméstica com incentivos ao consumo deu certo em 2010, quando o País cresceu 7,5%, mas fracassou em 2012, cravando 1% ou até menos. A equipe econômica enfatiza que retomará com força investimentos em infraestrutura e logística. No grupo dos BRICS, Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, o Brasil foi o que teve um PIB que encolheu muito, em face às perspectivas do início do ano de crescer 4,5%. A frustração foi enorme, em razão de quatro trimestres de retração dos investimentos. Por seu turno, a inflação foi bastante superior ao centro da meta, sendo esperados 5,8%. Houve um recuo de 6,5% da inflação de 2011. Porém, a queda do PIB foi bem pior, descendo de 2,7% para 1% no mesmo período. Neste ano, câmbio se elevou bem mais do que a inflação, quase o dobro, trazendo pressões inflacionárias. Por outro lado, houve forte elevação das cotações dos bens agrícolas, consequências das safras ruins nos Estados Unidos, na Argentina e forte seca no Brasil. O crescimento exercido pelo setor de serviços tem permitido manter a taxa de desemprego por volta de 5%. A inflação dos serviços alcançou 8,5%. Para que os investimentos possam ser recuperados é preciso que o primeiro trimestre se inicie com forte retomada das inversões.
A previsão do crescimento americano de 1,5% e de zero para a Europa, conforme o IBRE-FGV é de um cenário internacional ruim. Amanhã vai ser discutido pelo Congresso dos Estados Unidos o chamado “abismo fiscal”. Isto é, uma elevação de impostos da ordem de US$500 bilhões. Economistas temem que as medidas possam colocar os Estados Unidos em recessão. Os lojistas americanos estão culpando as suas vendas abaixo do esperado às expectativas do arrocho fiscal, protelado por mais de 10 anos. É bem provável que o Congresso não aprove o forte reajuste financeiro. Senão, o mundo ingressará em terceiro mergulho da crise econômica mundial, sexto ano de forte retração mundial, a maior desde 1929.
 
Dessa forma, o governo brasileiro irá ter que inovar, promover as reformas estruturais e incentivar os investimentos privados.

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