19/01/2013 - TALENTOS DESPERDIÇADOS


O grande desafio que o Brasil democrático se colocou, após 1994, quando a economia se estabilizou, foi o de universalizar a educação, o que vem sendo conseguido. Porém, uma educação de baixa qualidade. O Brasil não obtêm nota de aprovação (acima de 5), nem em testes internacionais, nem em testes nacionais. Por um lado, negligencia a inclusão de crianças e de jovens, nas duas pontas, seja no lado daqueles carentes, de muitas dificuldades, os quais muitas escolas se desobrigam de assisti-los, embora obrigadas por lei, seja no lado dos gênios, talentos quase todos desperdiçados. O Ministério da Educação acredita que existam 10,7 mil alunos com altas habilidades. No entanto, autoridades internacionais, tal como a sumidade americana, Joseph Renzulli, acredita que o Brasil tem pelo menos 5% de jovens supertalentosos. Ou seja, cerca de 3,15 milhões. Quer dizer, o MEC acredita em 0,34% da população. Por isso, nem dá maior atenção aos gênios da raça. Portanto, são raros aqueles reconhecidos, tais como Ruy Barbosa, no século passado em conferência na cidade de Haia, Holanda, quando se expressou em vários idiomas e é considerado um dos mais brilhantes brasileiros. Outro grande exemplo é Pele, de habilidades psicomotoras, inigualáveis considerados o maior jogador do mundo, o que mais fez gols, que não teve estudos acadêmicos ou criações artísticas ou científicas, mas o talento de usar bem o corpo. Ou, Heitor Villa Lobos, de habilidades artísticas reconhecidas mundialmente, na música clássica. Alguns outros poderiam também ser citados. No entanto, os talentos descobertos praticamente não têm sido aproveitados para o desenvolvimento brasileiro, havendo muitos deles estudando em universidades do exterior e morando fora do País.
A revista Isto é, desta semana, datada de 16 deste, cita alguns casos exemplares. O mais incrível é “Matheus Camacho (capa), estudante do nono ano e medalho de ouro na etapa experimental da Olimpíada Internacional de Ciências, uma das competições científicas mais difíceis do mundo. A sua conquista só foi revelada publicamente na semana passada. Do alto dos seus 14 anos recentemente completados, o tímido aluno que ainda não terminou o ensino fundamental foi ao Irã no mês passado. Enfrentou adversários do mundo inteiro, a grande maioria garotos mais velhos do ensino médio, e voltou para casa com uma conquista inédita para o País: o primeiro lugar em uma das etapas mais difíceis da Olimpíada. Na competição que venceu, ele e seus dois companheiros tiveram de resolver problemas práticos de biologia, física e química, disciplinas que ele viu pela primeira vez no ano passado, em aulas especiais no contraturno, já que elas não constam da grade do ensino fundamental. Além do pódio, a equipe de Matheus conseguiu outro feito: tirou nota máxima na prova, chamando atenção até mesmo do júri, habituado a encontrar indianos, chineses e russos, mas não brasileiros”. 
O prêmio mais importante do mundo foi criado em 1901, o Nobel, laureando celebridades nas áreas da paz, literatura, medicina, química, física e economia. O Brasil nunca ganhou nenhum. Os Estados Unidos já tiveram 246 titulados. O Reino Unido, 79 prêmios. A Alemanha percebeu 62 prêmios. A França já teve 49 laureados. A Suécia obteve 28 prêmios.

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