02/01/2013 - RIQUEZA INCLUSIVA


O artigo de Eduardo Athayde, diretor da Worldwatch Institute no Brasil, no jornal A Tarde, de 31-12-2012, merece ter a transcrição dos parágrafos a seguir e comentários adicionais. Assim, ele se expressa: ”Avaliado entre os 20 países que juntos representam 3 quartos do PIB mundial, o Brasil foi destacado como o quinto país que mais se desenvolveu de maneira sustentável entre os anos de 1990 e 2010. Abrigando 16% do biopotencial do planeta, detém inigualável capacidade para fomentar e investir na indústria dos econegócios, onde o turismo e o entretenimento sustentável, as tecnologias e as energias limpas, a biotecnologia com preservação de ecossistemas, do conhecimento e das culturas tradicionais estão incluídos. Medido pelo indicador mais comum para a produção econômica, o Produto Interno Bruto (PIB), as economias da China, Estados Unidos, Brasil e África do Sul cresceram, respectivamente, 422%, 37%, 31% e 14% entre 1990 e 2010. Quando o desempenho é avaliado pelo Índice de Riqueza Inclusiva (IRI), lançado pela ONU na Rio-20, as economias chinesa e brasileira aumentaram apenas 45% e 18%, respectivamente; os Estados Unidos cresceram apenas 13%; e a África do Sul teve um decréscimo real de 1%. Isto porque os recursos naturais per capita diminuíram em 33% na África do Sul, 25% no Brasil, 20% nos Estados Unidos e 17% na China no mesmo período. O IRI engloba os parâmetros econômicos e de desenvolvimento tradicionais do PIB e do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e inclui uma gama de ativos, como o capital manufaturado humano e natural, revelando a situação de riqueza das nações e sustentabilidade do seu crescimento. Para mudar a direção da economia, uma das ações básicas é a pressão internacional para diminuição dos subsídios aos combustíveis fósseis, que aumentaram em quase 30%, chegando a US$523 bilhões em 2011, e investir em tecnologias limpas, o que já está acontecendo nas iniciativas inovadoras de corporações e fundos de investimentos”. 
O dado mais relevante é o número de crescimento do PIB da China, nestas três décadas, mostrando porque ela se tornou hoje a segunda economia do mundo. O do crescimento brasileiro não. O da África do Sul é pior do que o nacional. O dos Estados Unidos é bom porque se trata de uma economia madura. Quanto ao IRI é um indicador novo, ponderado, apontando pela falta de maior atenção com os recursos naturais. Uma série maior dele pode levar a melhores comentários. Por fim, se foi bem entendido, o que a ONU chama de riqueza inclusiva deixa muito a desejar pelos grandes países do globo.

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