18/01/2013 - APARTAMENTOS FUNCIONAIS
A Câmara de Deputados
tem 513 mandatários da população brasileira. Cada um tem direito a R$3.000,00
como auxilio de moradia ou pode morar em apartamento funcional de propriedade
da União. Neste ano irá reformar 432 unidades, cerca de 84% deles, de 200 m2 cada,
no total de R$280 milhões. Isto é, a reforma de cada um custará mais de R$648
mil. Os responsáveis por tal iniciativa, lesiva aos interesses dos
contribuintes, referem-se ao fato que a referida reforma é melhor do que pagar
aluguel ou diárias em hotel para o citado parlamentar. Ora, o custo de cada
reforma, dividido por quatro anos de mandato, daria um custo mensal de
R$13.500,00. Não dá nem para comparar com os R$3.000,00, visto que se gastará
4,5 vezes mais. Vê-se que o que está em jogo são luxo e mordomia para suas
excelências.
Neste exercício estão
sendo renovados os mandatos de presidentes das casas legislativas. Muito
difícil acreditar que as mordomias irão mudar. Para a presidência do Senado o
praticamente eleito será Renan Calheiros (PMDB), que tinha sido presidente da
instituição e renunciou em 2007, por denúncias de práticas de corrupção, visto
que uma construtora pagava as despesas da sua amante e do filho deles. Aliás,
Renan Calheiros desde 1990 que está na vitrine, dado que foi o líder de Fernando
Collor na Câmara. Para a Câmara, praticamente está eleito Henrique Eduardo
Alves (PMDB), ostentando dez mandatos, ou seja, 42 anos de carreira, o qual
realizou várias emendas para a empresa de um assessor e mais três prefeituras
ligadas ao mesmo, no seu Estado, o Rio Grande do Norte.
Tais práticas de
desperdício de dinheiro público são gerais. Agora mesmo, em São Paulo, os
carros dos parlamentares, muitos ainda novos, serão todos trocados por ano
2013, custando uma fábula aos cofres públicos. Por exemplo, o Tribunal de
Contas dos Municípios do Estado da Bahia rejeitou as contas de 48% dos 417
municípios do Estado.
Mais não são somente
privilégios inconcebíveis para os políticos. Os religiosos também têm. Seus
templos não pagam impostos. Seus veículos também não. Além de outros
privilégios, seus dirigentes têm passaportes diplomáticos concedidos. Aqueles
que passam sem filas nas alfândegas e podem não ter malas revistadas. Denúncias
e comprovações de lavagem de dinheiro de religiosos têm vários casos, que,
quando descobertos, seus dirigentes são presos, tal como aconteceu há poucos
anos com o bispo Hernandez e a bispa Sônia.
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