25/01/2013 - DESEMPREGO ABERTO
Dois motivos principais, sob
o ponto de vista econômico, fizeram o PSDB perder a eleição para o PT. O
primeiro foi o desemprego aberto de mais de 11%. Esta é a taxa hoje dos países
europeus, a maioria em recessão desde 2008. Lá, a austeridade está muito grande,
haja vista que a maioria deles é de países desenvolvidos, acostumados com o bem
estar. Convém lembrar que o desemprego aberto é a taxa que mede as pessoas que
realmente não estão empregadas formalmente. Lógico, o subemprego está fora do
cálculo. O subemprego é composto de pessoas que fazem ‘bico’, trabalhando muito
menos do que a jornada de trabalho, de 44 horas, sem carteira de trabalho
assinada. O segundo foi o racionamento de 20% de retração no consumo de energia
elétrica, racionamento obrigatório de 2001, o que causou transtornos aos
brasileiros. A presidente Dilma recebeu de Lula desemprego abaixo de 6% e este
continuou caindo, em consequência sua popularidade continua subindo, por volta
de 80%, não obstante um desempenho econômico medíocre do seu governo, com 2,7%
de crescimento do PIB em 2011 e 1% esperado de incremento do PIB em 2012,
devido ao fato do índice de desemprego ser o menor das estatísticas nacionais,
tendo atingido 4,9% em novembro. Os governos do PT têm conseguido reduzir o
desemprego em razão da capacidade ociosa existente desde 2002, pela enorme
ampliação do crédito e pelo esforço de formalização do chamado empreendedor
individual. O desemprego também tem caído devido à continuidade da utilização
dos mecanismos de defesa da recessão de seis meses em 2008-2009. Trata-se de
estímulos basicamente ao consumo. No entanto, o aumento do consumo se está
dando principalmente no consumo de serviços, com queda da produção industrial. A
implicação mais forte é que o investimento bruto tem caído e, por via de
consequência, o PIB não cresce na forma esperada.
Em virtude do desemprego
reduzido, as elevações dos salários médios tem sido bem acima da produtividade,
além do governo continuar a aproximadamente 18 anos elevando o salário mínimo
de acordo com a produtividade da economia (acompanhando o crescimento do PIB
real). Ora, as deficiências educacionais e a insuficiência das inovações estão
em grande descompasso com a produtividade. Na carta mensal do Bradesco,
intitulada ATIVIDADE, Octávio de Barros assim concluiu seu editorial: “A única
certeza que temos é a de que há uma imensa jazida de produtividade ainda a ser
explorada no Brasil”.
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