04/01/2012 - BALANÇA COMERCIAL
A economia mundial iniciou o ano com ameaça de recessão, a partir dos Estados Unidos, na medida em que os impostos poderiam ser elevados em US$500 bilhões. Exatamente, no dia primeiro do ano, o Congresso americano resolveu restringir a elevação dos impostos aos mais ricos, cerca de 2% da população, poupando a classe média, conforme queriam os democratas, bem como adiar o debate sobre os cortes no orçamento, como querem em resposta os republicanos, para fechar o orçamento, os quais virão nas áreas militar e social, ao que tudo indica. Portanto, uma ducha fria está preparada para o baixo incremento do PIB mundial neste ano, com a consequente influência na balança comercial brasileira, visto que o comércio está por demais difícil e pegado. Dessa forma, o superávit comercial brasileiro em 2012 foi o pior em 10 anos, resultado de queda de exportações, que devem ser mantidas estagnadas em 2013, conforme admite o próprio Ministério do Desenvolvimento, ao divulgar o superávit de US$19,4 bilhões. O superávit comercial, exportações menos importações, recuou 34,8%, em 2012, em relação ao ano anterior, repetindo, o pior resultado desde 2002.
Os 10 anos de governos do PT contaram com superávit na balança comercial. Contudo, eles foram crescentes, devido à forte elevação das matérias primas na primeira década deste século, até 2008, quando foi Iniciada uma onda recessiva nos países ricos, que se alastrou pelos países do mundo, a maior desde 1929, além de não ter data de acabar tão cedo.
A ministra interina do Desenvolvimento, Tatiana Prazeres, Secretária de Comércio Exterior, declarou: “A crise atingiu as nossas exportações na variação de preços dos produtos como o minério de ferro e na retração de mercados importantes como a União Europeia. A crise também levou países a adotarem práticas protecionistas”. Importações de produtos brasileiros para a Argentina caíram 20,7%. A queda foi bem maior do que as vendas para a União Europeia. Acredita a referida secretária que a recuperação dos estados Unidos e o crescimento maior da China beneficiarão as exportações. Declarações que não fazem sentido, visto que os Estados Unidos irão crescer 1%, segundo projeção do IBRE-FGV, e a China vem desacelerando a sua taxa de incremento do PIB desde 2008, início da crise.
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