22/01/2013 - NÃO TÊM SIDO BOAS PREVISÕES
Dados estimados para os
principais países da America Latina colocam o Brasil na rabada do crescimento
econômico. Em dez anos ininterruptos o Peru cresceu 6,4% anuais o seu PIB.
Praticamente o dobro do desempenho brasileiro. A receita peruana incluiu planos
de modernização da infraestrutura e reformas para reduzir entraves
burocráticos, os quais conferiram maior agilidade na execução de inversões
públicas e privadas. Dessa forma, é esperado para o Peru 6%; Venezuela, 5,7%;
Chile, 5%; Colômbia, 4,2%; México, 3,8%; Argentina, 2,6%. Por seu turno, o ano
de 2013 se iniciou com ameaça de um apagão elétrico, semelhante ao que houve em
2001. A falta de chuvas tem feito o governo usar as termelétricas e os custos
delas são bem superiores. Por cada megawatt por hora, de óleo diesel se gasta
R$720,00; óleo combustível, R$625,00; gás, R$189,00; carvão, R$158,00;
hidrelétrica, R$91,00. De uma ponta a outra o custo da hidrelétrica é de 12% do
óleo diesel. A estimativa é de elevação mensal de 1% ao mês se todas as
térmicas ficarem ligadas. A redução tarifária a partir de março de, em média,
20%, poderá ser um pouco revertida.
Se houver racionamento como
aconteceu em 2001 de corte de 20% no consumo, caso não chova, o custo para o PIB
será de queda de 0,9%. O Brasil não se preparou para mais um apagão mais uma
vez. Por exemplo, às vésperas do racionamento de 2001 havia 22.000
gigawatts-hora de energia prevista, que não entraram no sistema por atrasos nos
investimentos. Atualmente, segundo cálculos da ANEEL estão atrasados a
construção de 16.000 quilômetros de linhas de transmissão, de obras de
hidrelétricas, de térmicas e parques eólicos, que somariam 12.600 megawatts de
potência.
As previsões não têm sido
boas neste início de ano. O Banco Barclays reduziu a projeção de taxa de
investimento de 18% para 17,5% sobre o PIB de 2013. O Brasil precisa de 22%
para crescer acima de 4%. Nestes dois anos a presidente Dilma não conseguiu
sensibilizar os grandes empresários, que preferiram estar capitalizados do que
realizar novas inversões. A presidente tem feito reuniões com empresários,
prometendo realizar concessões de aeroportos, rodovias, ferrovias, para
reanimar a economia. Para os consumidores de energia elétrica a redução média
de 20% na conta de luz foi um passo na reativação de negócios.
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