13/01/2013 - CADERNETA DE POUPANÇA
Criada há cerca de 150 anos, pelo imperador Pedro II, dando suporte à Caixa Econômica Federal e fonte de depósito de recursos populares, garantida pelo governo federal, possui hoje o Brasil mais de 100 milhões de depositantes, a caderneta de poupança. Atualmente tem rendimento mensal, liquidez mensal e garantia de até R$70 mil, pelo Fundo Garantidor der Crédito. Depois de 1964 passou a ter juros de 0,5% ao mês mais correção monetária. Ao findar a correção monetária, passou a ter rendimento de 0,5 mais a Taxa Referencial (um resíduo das taxas de juros entre os bancos). A partir de maio de 2012, passou a existir duas formas dela: a tradicional, que permanece com a remuneração acima explícita; a ‘nova’, remunerada por 70% da SELIC mais TR. Em todo curso da sua longa história foi fruto de cobiça pelos governos devido ao seu expressivo montante. Depois de 1964 recebeu os juros recebidos mais correção monetária manipulada pelo regime militar. Aliás, a manipulação da correção monetária continuou com José Sarney. Fernando Collor a congelou por dois anos a devolveu em 12 meses, fortemente manipulada. Itamar Franco, Fernando Henrique Cardoso e Lula quiseram mexer nela, mas não tiveram coragem. Somente a presidente Dilma o fez, mais criando a ‘nova’ e única, atual, poupança vinculada à SELIC.
Não tem jeito, a aplicação em poupança é vantajosa para o pequeno poupador por não pagar imposto de renda, por não ter taxa de administração, liquidez imediata em qualquer dia (se não for, no aniversário, perde o rendimento), garantida até R$70 mil. Portanto, a sua captação continua sendo a maior das poupanças de mercado. Em todo ano passado sua coleta correspondeu a aproximadamente R$50 bilhões.
O resultado da inflação de 5,84% de 2012, divulgada pelo IPCA, índice oficial da inflação, foi bem próximo da remuneração nominal da caderneta de poupança, de 6,47%. O ganho real foi de 0,6%, o menor rendimento em 46 anos da caderneta de poupança com as regras atuais.
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