12/01/2013 - SISTEMA ECONÔMICO


O sistema econômico é a compreensão de setores na vida das pessoas, que fazem parte da esfera monetária (quantidades de diferentes tipos de meios de pagamento), que conduz à esfera real (produção e preços), compostos de diferentes agentes, tais como são os produtores, empresários, capitalistas, agricultores, comerciantes, industriais, banqueiros, trabalhadores, gestores, pesquisadores e o resto do mundo (elementos domésticos não enumerados e elementos internacionais). A teoria econômica é o conhecimento acumulado. A política econômica é a aplicação do referido conhecimento. Aqui se chama pelo ícone Economia Brasileira. Portanto, as medidas de política econômica devem manter coerência para atender ao sistema econômico. Olhando a atual gestão econômica brasileira, vê-se claramente que ela peca, por não ser integral. Na verdade, não há planejamento global e de longo prazo. A gestão tem sido de curto prazo (atuação na conjuntura), baseada no tripé de metas de inflação, superávit primário e câmbio flutuante. Quando se interfere na estrutura, escolhe segmentos para atuar, deixando outros sem atenção. Ao atender, certamente, a construção civil, segue na direção de reduzir o enorme déficit de 7 milhões de moradias. Porém, quando atende aos reclamos da indústria automobilística dá um tiro no pé. Por um lado, a referida indústria gera, como poucos, muitos empregos. Por outro lado, incha as cidades de engarrafamentos e de poluição, trazendo um alto custo social, além de gerar uma demanda extra de gasolina, ao tempo em que a Petrobras não tem condições de atender e está com importações crescentes de petróleo. Em decorrência disso, com preços congelados na refinaria, a Petrobras deixa de dar lucro no segmento de gasolina, levando para baixo os preços das suas ações e dificultando a sua captação de recursos.

Em adição a outra atuação não integrada se deve ao estímulo ao consumo da linha de eletrodomésticos para as classes de renda mais baixas e para a classe média, via redução de IPI e crédito abundante e relativamente barato, resultando em elevação do grau de endividamento das famílias referidas, o que leva ao constrangimento do consumo global. Outro tiro no pé.

Por fim, existe o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que reúne 22 mil obras, tendo a grande maioria inacabada, obras custosas e sem projetos executivos competentes. O PAC sempre cresceu em número de obras e sempre padeceu em qualidade.

Ora, a equipe gestora deveria pelo menos olhar o passado e ver como fez, por exemplo, o governo JK (12956-1960) ou o governo Geisel (1974-1979), os quais fixaram metas para serem cumpridas e de caráter global.

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