17/01/2013 - FUNDO DO POÇO
Trimestralmente, a Organização
para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) projeta o crescimento
econômico de cerca de 80% do PIB mundial, para o ano em curso. Agora, neste
janeiro, aponta sinais de estabilização econômica na maioria dos principais
países desenvolvidos e emergentes, cerca de mais de quarenta, aos quais
acompanha. Os indicadores compostos da OCDE sugerem que o fundo do poço na zona
do euro está chegando ao final, visto que as perspectivas para Alemanha, França
e Itália se estabilizaram. Para o Reino Unido e Estados Unidos as indicações
são de crescimento moderado. As sinalizações para China e para a Índia são de
retorno mais forte de incremento do PIB do que no período anterior. Para o
Brasil o crescimento será crescente. Já para o Canadá e a Rússia a expansão
econômica será fraca, segundo aquele Órgão. As expectativas coletadas pela OCDE
sobre a atividade industrial e o sentimento der confiança na Europa parecem ter
melhorado.
Corroborando a citada
Organização, segundo economistas e estrategistas do Deutsche Bank (alemão) e
banco UBS (suíço) o ano de 2013 será marcado pela estabilidade da economia
global e a baixa volatilidade dos mercados financeiros.
Antônio Delfim Netto, famoso
economista, que faz parte do “board” de consulta do governo, em sua coluna
semanal no jornal Valor Econômico, diagnostica o que houve com o Brasil nos
dois últimos anos e projeta este: “A taxa de crescimento de 2013 está inteiramente
nas mãos do governo: no reconhecimento de que, ao longo dos anos, ele destruiu
a sua capacidade de projetar e executar investimentos. É hora, portanto, de
acelerar o programa de transferir, com leilões competentes, os investimentos em
infraestrutura para o setor privado e aproveitar a capacidade já criada pela
maturação dos investimentos para os eventos internacionais, antecipando seus
efeitos para 2013”. Voltando ao início
da coluna. “Nunca foi tão necessária como agora uma relação de mais absoluta
confiança entre o governo e o setor privado. Dela vai resultar o crescimento de
2013 e 2014. Se olharmos o PIB pela ótica da oferta, ela depende: 1) da
produtividade total dos fatores (PTF); 2) do crescimento e melhoria da
qualidade da mão de obra empregada, e 3) do pleno uso da capacidade produtiva
instalada e do crescimento dos investimentos (públicos e privados)”.
Em resumo, o governo federal tem
que aproximar-se mais da iniciativa privada e cumprir suas promessas. A própria
presidente Dilma se comprometeu nestes dias a fazer o “possível e o impossível”
para a economia brasileira crescer mais forte. Ainda assim, o crescimento não
estará próximo de 4%, conforme o próprio relatório Focus, semanal, do Banco
Central, que ausculta cerca 100 de especialistas, projetando o PIB em 2013 em
3,2%.
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