11/01/2013 - CREDIBILIDADE ECONÔMICA
O maior patrimônio da presidente Dilma tem sido a sua credibilidade política. Mesmo sendo eleita sem ter exercido nenhum cargo de grande importância política, ou seja, vereador, deputado, prefeito, governador, senador, ela se tornou conhecida por ter sido lançada pelo ex-presidente Lula, no seu segundo mandato, vindo inicialmente do Ministério das Minas e Energia, depois assumindo o lugar tenente, que era de José Dirceu, na Casa Civil. No seu primeiro ano de mandato, afastou oito ministros envolvidos em desvios de conduta, gerando credibilidade crescente com a população. Internacionalmente, foi eleita pela revista Forbes, pela segunda vez, a terceira mulher mais poderosa do mundo.
A sua credibilidade econômica, pelo contrário, decaiu bastante, em relação ao governo do ex-presidente Lula, cuja média de crescimento do PIB foi de 4% anuais, em oito anos, enquanto a dela, em dois anos, tem sido de 1,8%, muito aquém do fraco desempenho de FHC, que, em oito anos, obteve média anual de 2,3%. Por que os empresários, embora com dinheiro em caixa crescente não confiassem no seu governo¿ Até agora¿ A resposta essencial é a de que não foi feita nenhuma reforma, principalmente a esperada tributária; ela aumentou o número de estatais ao invés de privatização esperada de certos segmentos; tem sido muito cautelosa com as parcerias público-privada; aumentou a máquina pública, visto que está instalando mais um ministério, o da Pequena Empresa, quando já outros ministérios vem cuidando da Pequena Empresa; lançou incentivos fiscais parciais e de tempo determinado para certos segmentos, não tomando medidas de caráter geral como era de se esperar.
Iniciou este ano, garantindo que a economia faria um ‘pibão’. Se for pela credibilidade econômica, ou seja, pela confiança dos empresários, está difícil, até porque a prometida redução de 20% da conta de energia elétrica, antes das eleições de 2012, não poderá existir, ou se existir, não será de 20%. Agora mesmo, com os reservatórios de água nos limites críticos, teve que acionar praticamente todas termoelétricas, cuja energia é bem mais cara, ao ponto do Ministro das Minas e Energia, Edson Lobão, ter declarado que vai haver aumento nas contas de energia elétrica, de pelo menos 1%. Aqui a confiança econômica continuará sendo abalada. Não bastasse isto, o seu Ministro da Fazenda, Guido Mantega, o qual ela ratifica que ficará no cargo, cometeu estelionato fiscal, já comentado aqui no dia 07, passado, enganando grande parte de nacionais. Contudo, certamente, não ganhará a aceitação da comunidade internacional, que não tolera artifícios contábeis, para esconder fracasso na condução econômica. Não é possível que a presidente não soubesse disso, ela que é economista. É bom lembrar, mesmo antes de fraudar as contas nacionais do final de ano, a revista londrina de mais de duzentos anos, The Economist, já tinha pedido a sua cabeça.
É grande o desafio da presidente e ainda não começou o bombardeio da oposição.
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