25/12/2012 - CONFIANÇA DO BRASILEIRO
Anualmente, o Instituto
Brasileiro de Opinião Pública (IBOPE) realiza pesquisa sobre a confiança do
brasileiro em suas instituições. O Corpo de Bombeiros continua sendo a
principal organização com 83 pontos, numa escala de zero a cem. Os meios de
comunicação vêm em segundo lugar, com nota 60. Em terceiro lugar, está o
Supremo Tribunal Federal (STF) com nota 54. Com 54 pontos também está o sistema
eleitoral. Já a Justiça cravou 47 pontos. Em situação de grande desconfiança
está o Congresso Nacional com nota 35. A diferença de 19 pontos entre o STF e o
Congresso mostra que a população está em frente de um grande embate entre a
posição do STF, em julgar os mensaleiros e condená-los, em relação à posição do
presidente da Câmara, que não aceita que o STF casse os deputados. A grande
exposição do STF é indicativa de que a população aprovou a atuação firme dos
últimos meses. Em 2012, o Brasil progrediu no combate à corrupção e aos desvios
da administração pública. As conquistas foram expressivas, tais como o
julgamento do mensalão, a realização da primeira eleição sob as restrições da
Lei da Ficha Limpa, entrou também vigor Lei de Acesso à Informação, houve aprovação
de novo Código Florestal e da lei de obrigatoriedade de as notas fiscais
exibirem o valor dos tributos pagos e a polêmica quanto à divisão dos royalties
do petróleo. Conforme dados da Controladoria Geral da União, em 2012 foram
demitidos 488 servidores por condutas delituosas. O número só é inferior a
2011, a primeiro ano da faxina, que demitiu 511 funcionários a bem do serviço
público.
Mesmo com progressos apontados,
além de vigorar a Lei de Responsabilidade Fiscal, que inibe desvios de conduta,
o jornal O Globo, divulgou ontem que, apesar da seca nordestina, a maior dos
últimos quarenta anos, os prefeitos e vereadores dos municípios atingidos
aumentaram em até 272% os próprios vencimentos. Uma grande contradição quando
referidas autoridades andam bradando que houve queda do Fundo de Participação
dos Municípios, pleiteando a suplementação de novos recursos.
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