08/12/2012 - PORTOS
O governo da presidente Dilma
resistiu mais de ano para tomar medidas que não fossem ortodoxas, tais como são
os incentivos fiscais promovidos para a indústria automobilística, para
eletrodomésticos e para construção civil. Viu que a taxa de crescimento do País
caiu de 7,5%, em 2010, taxa esta que cresceu no vácuo deixado pelos – 0,3% de
2009, para 2,7%, em 2011, para provável 1% de incremento do PIB em 2012, não
obstante ela ter forçado a barra para que os bancos reduzissem as suas taxas e do
Banco Central reduzir, por dez reuniões consecutivas, em 5,25%, a taxa básica
de juros da economia (SELIC), sem que a retomada do desenvolvimento fosse
realizada. Há muito tempo que os empresários vêm falando em iniciativa de
investimentos públicos com investimentos privados (muito mais destes). O
presidente Lula atuou na concessão de algumas rodovias. A presidente Dilma,
somente no inicio deste ano privatizou três aeroportos, mesmo criando mais uma
estatal para supervisioná-los. Em face das evidências de que a economia não se
sente estimulada, a presidente Dilma voltou os olhos para as iniciativas
público-privadas.
Dessa maneira, ontem lançou
programa de privatização de portos, todos eles estatais. O Programa de Investimentos
em Logística prevê a privatização de 21 portos, cujos investimentos são da
ordem de R$54 bilhões. O programa prevê leilões para concessão dos terminais
sem que haja pagamento de outorga, em que vence o leilão aquele que fizer a
maior oferta. O critério daqui em diante será pela movimentação de volume de
cargas projetado pela menor tarifa. Também há previsões de investimentos der
R$2,6 bilhões para acessos e melhorias dos hidroviários, ferroviários,
rodoviários e em pátios de regularização de tráfego nos 18 portos públicos
brasileiros. Adianta ainda o governo federal que, lançará também um programa
para os aeroportos, visto que somente três deles foram licitados.
Assim, a política econômica está
sendo modificada, sem que sejam feitas as reformas estruturais gerais. O motivo
para isto é que o governo não quer deixar de ter o controle, através de
agências reguladoras ou através de estatais, dos investimentos em
infraestrutura. Resta saber se os empresários vão alterar as suas perspectivas
sombrias dos últimos dois anos, para projeções otimistas dos próximos
exercícios.
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