02/12/2012 - ESTAGNAÇÃO ECONÔMICA




Estagnação econômica. Este é o estágio atual da economia brasileira. O ciclo econômico tem fases definidas. 1. Crescimento. 2. Paralisação em alta, menos mal e até é bom se a taxa for acima de 4% ao ano. 3. Paralisação em baixa, preocupante. 4. Estagnação, dificuldades. 5. Recessão, doença. 6. Depressão, tendência à morte. Desde que assumiu a presidência, Dilma prometeu taxas elevadas de crescimento, acima de 4%, média que alcançou o ex-presidente Lula. No entanto, somente tem conseguido colher espinhos. Na política, está tendo que desmontar vários ninhos de corruptos, inclusive na sua própria residência, que é o palácio do Planalto. Na economia, está sendo incapaz de reverter à tendência de baixa. O IBGE divulgou ontem o número de crescimento do PIB, no terceiro trimestre, de 0,9%. Antes, tinha divulgado para o segundo trimestre 0,2% e, para o primeiro trimestre, 0,1%. Logo, a expectativa matemática é de crescimento por volta de 1% em 2012. Como a população cresce a 1,3% ao ano, segundo o IBGE, a economia está estagnada, com tendência à leve recuperação, com base no 0,9% referido. O quadro é muito tênue, se cair mais dois trimestres, ingressará em recessão. Acertar, no que virá depois, é tarefa hercúlea.  O Ministro da Fazenda, Guido Mantega, cujo papel é de ser otimista, está errando todas as suas previsões. Tem falado em 5%, 4% e não baixa disso, em dois anos. 

As razões da apatia da economia brasileira se apresentam em vários níveis. A principal é a cautela e até redução dos investimentos do setor privado. Com certeza, o problema central se deve ao Ambiente dos Negócios. O governo federal, embora venha prometendo desde 1994, com o Plano Real vitorioso, de fazer as reformas estruturais, não as têm feito. É muito caro ser empresário neste País. Além do mais, o desmonte da máquina pública engessada por 39 ministérios, às vésperas de serem 40, da burocracia asfixiante e da corrupção latente, malgrado os esforços nacionais, são impeditivos que pouco a pouco deverão ser retirados.

O crescimento do PIB, divulgado pelo IBGE, trimestralmente, não é um radar, nem máquina fotográfica. Porém, é um trabalho sério de pesquisas estatísticas, evidentemente, calculando margens de erro. A questão é se o governo atual irá mudar, para ser planejador, ou se irá continuar insistindo na ortodoxia. A tendência dele é essa ultima. Fica a esperança de o Brasil voltar a fazer planos econômicos de verdade.

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