20/12/2012 - DESIGUALDADE DE RENDA
Decorrentes dos chamados
programas sociais do governo, combinado com a chamada da inflação brasileira
para níveis civilizados e elevação do salário mínimo real, desde 1994, a
desigualdade na distribuição de renda vem caindo, no geral, para o Brasil como
um todo. Por seu turno, a classe média, que era 36%, em 1994, passou para 52%
da população em 2011. Entretanto, em uma década, três unidades federativas
viram as desigualdades aumentarem em seus territórios, segundo dados do IBGE,
divulgados ontem. Quando se observa o rendimento de todas as fontes, o índice
de Gini, que mede a distribuição de renda, variando de zero (perfeita
igualdade) a um (extrema desigualdade), subiu de 0,592 para 0,598 no Amazonas,
de 0,569 para 0,579 em Roraima e de 0,630 para 0,634 no Distrito Federal (DF),
o mais alto entre todas as regiões e o único que ficou acima de 0,6. Segundo o
diretor de Estudos e Políticas Sociais do IPEA: “O reajuste real do
funcionalismo pode ter influenciado no DF, que concentra a máquina pública, mas
é preciso olhar melhor os dados. A renda do Censo tem suas limitações e a
tendência da desigualdade é de queda”. Na outra ponta, pela primeira vez um
Estado atinge menos de 0,5. Em Santa Catarina, a concentração caiu para 0,497.
Na média, a concentração caiu 5,9%. A explicação do governo é de que ganhos
maiores de renda nas faixas mais baixas. Assim, dentre os 10% mais pobres, o
aumento real foi de 29,8%, enquanto entre os 10% que ganham mais, tiveram
acréscimo de 9,5%. Na segunda pior faixa de renda o ganho foi de 48,3%, segundo
o IBGE.
É notório que o aumento real do
salário mínimo também contribuiu para melhorar os rendimentos da metade
inferior da pirâmide da distribuição de renda, tanto no período de FHC, como no
período de Lula. O censo de 2010 mostrou também aumento do trabalho infantil,
na faixa de 10 a 13 anos. O numero de meninos e meninas, que trabalhavam em
2000 eram 699 mil, passando para 710 mil em 2010.
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