21/12/2012 - VEZ DA CLASSE D
A consultoria Data Popular, especializada em baixa renda, considera a classe D, com renda média de R$952,00, representa um contingente de 56,8 milhões de brasileiros, cerca de 30% da população. A maioria deles tem salários entre um a dois salários mínimos. A classe E seria 7% da população. A classe C, 52%. A classe B, 7%. A classe A, 4%. A classe D era um segmento em que não se prestava muito atenção. Os analistas ora a incluíam na pobreza absoluta, ora na classe média baixa. Porém, graças ao aumento real de salário, dobrou seu poder de compra em uma década. Assim, coloca-se no mapa de consumo do Brasil e no planejamento estratégico das empresas. Atualmente, a classe C começa a dar sinais de esgotamento. Estudo da consultoria Nielsen de um conjunto de 132 produtos de varejo, em 2011, 46 tiveram vendas muito acima da média, puxados pela classe D. Calcula-se que 70% da classe D se encontram no mercado informal e a maioria ainda usa exclusivamente transporte público. Há sete anos uma família da classe D chegava ao fim do mês com menos R$17,00. Hoje tem, em média, R$107,00 sobrando. No ano passado a classe D movimentou R438 bilhões, mais do que toda a classe B. O grupo em referência está em transição para a classe média.
A classe D tem 5,5 pessoas por domicílio. Portanto, sendo o maior potencial de consumo por lar. A classe C continua pujante, mas seu crescimento arrefeceu. Os motivos principais são o nível de endividamento e os gargalos da educação, constrangendo a sua evolução profissional. A grande oportunidade para a classe D começa agora. Não sem motivo o governo federal tem feito um mutirão anual para formalizá-los. Entretanto, padecendo dos limites também da classe C. Seu futuro dependerá das reformas estruturais, de mais verbas e reforma educacional, melhoria substancial da saúde, saneamento e de outras infraestruturas.
Comentários
Postar um comentário