INFLAÇÃO EM LEVE ALTA

Por quanto tempo a inflação ficará abaixo do centro da meta inflacionária, fixado anualmente pelo Conselho Monetário Nacional? Atualmente está em 4%, com vieses de alta e baixa de 1,50%. O Banco Central baixou tanto a taxa básica de juros, a SELIC, que está provocando perdas cada vez maiores para os aplicadores financeiros, principalmente aqueles que estão em renda fixa, quando a inflação se eleva. Claaro, seus objetivos maiores são de retomada da economia e controle da inflação. Os aplicadores em caderneta de poupança, então, que percebem 70% da taxa básica de juros, a SELIC, mais a Taxa Referencial (TR), que está zerada, estão com as maiores perdas na renda fixa. Seus depositantes estão com rendimento mensal de cerca de 1,40% ao ano. Por exemplo, o IBGE divulgou que a taxa inflacionária de julho fora de 0,36%. Ao ano corresponde a 2,31%. A SELIC está em 2,00%. Por seu turno, o Banco Central anunciou que a SELIC ficará baixa por muito tempo. Talvez até o final de 2021. Porém, a pressão por gastos públicos não permitirá por muito tempo isto, vez que cabe a pergunta: como continuará se financiando o Tesouro Nacional? Mais captações estarão e estão cada vez mais difíceis. Ademais, há mais de um ano que o capital externo foge do Brasil, visto que não tem mais aquela excelente taxa atrativa de juros do mercado financeiro. Ventilou-se, por economistas famosos, como André Lara Resende, um dos pais do Plano Real, que o governo lançaria mão das emissões monetárias, além da base monetária. Em um quadro de forte recessão, emissões em quase nada refletiriam na inflação, segundo ele. Porém, economistas ortodoxos não recomendam tal medida, inclusive, aqueles que estão no Fundo Monetário Internacional e no Banco Mundial. No quadro econômico de agora, era (não, é) para os investidores aplicarem seus recursos na bolsa de valores. É o que tem acontecido com aqueles que fugiram desde quando se iniciou o atual governo, que pegou a SELIC em 6,00% e a colocou em 2,00% ao ano. A propósito, já vinha a SELIC descendo a ladeira desde 2017, quando Michel Temer apoiou a retração da SELIC, que vinha de Dilma, de 14,25% para 6,00% anuais. O grande problema é que a bolsa de valores brasileira tem grandes especuladores estes não estão dando bola para a retomada da economia e sim para a realização de seus lucros. Considerando que o IBOVESPA esteve bem perto dos 120 mil pontos, no início de 2020, mas, mediante a pandemia, retornou até a planície de 53 mil pontos e, rapidamente, em torno de dois meses já retornou para perto de 103 mil pontos. Qui prodest?

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