AUXÍLIO EMERGENCIAL

A pandemia do novo coronavírus colocou a Organização Mundial de Saúde (OMS) a tomar uma atitude mundial em seu combate. Entre inúmeras recomendações, a mais forte foi o isolamento horizontal. Isto é, para a maioria dos cidadãos do mundo e isso provocou a maior retração da economia global. Embora ainda não tenha tido fim, analistas econômicos acreditam que a grande recessão da atualidade é somente superada pela Grande Depressão de 1929. Até o momento, admite-se que o mundo em geral está provavelmente em recessão técnica. Ou seja, dois trimestres seguidos de recessão. Não é depressão que seria vários trimestres ou anos de retração econômica. A pior consequência não se deu na saúde mundial e sim no desemprego global. É só comparar as taxas de crescimento ou decremento de ambas variáveis. Dessa maneira, inúmeros países partiram para aumentar a liquidez do sistema econômico, auxiliando de forma emergencial os cidadãos que se tornaram mais vulneráveis. Em março, o governo federal anunciou o auxílio emergencial de R$600,00 e de R$1.200,00 para a mãe solteira, por dois meses, que foram prorrogados por mais três meses. Média mensal de gastos de cerca de R$50 bilhões e permitiram serem atendidos por volta de 65 milhões de cidadãos. Atitude social inédita, que reduziu bastante os efeitos negativos de se não tivesse a referida ajuda. Aplacou a revolta, a fome, mas não impediu que cerca de 15 milhões de brasileiros ficassem mais pobres, conforme estudo da Tendência Consultoria, em sua estimativa para o ano de 2020. A atitude partiu do Executivo, mas foi a do Legislativo fixar referidos valores. A pandemia não tem hora de acabar. Agora o governo federal pretende enviar ao Congresso, medida provisória de prorrogação por mais quatro meses do citado auxílio, mas no valor de R$300,00. Isto porque, do isolamento vertical, global, agora se tem um isolamento parcial e retorno de certas atividades econômicas. Cálculos preliminares indicam que a recessão deste ano não mais se aproximará de média de 10% no Brasil, conforme alardeado, tendo as estimativas dos economistas se debruçado sobre a metade deste percentual. Mas, ainda assim, por volta de - 5% do PIB nacional será a maior retração da história desde o início do século XX. Em suma, em face de a epidemia continuar, embora tendo sido arrefecida, o medo ainda se impõe e a economia reage lentamente, no sentido de voltar a crescer e recuperar o tempo perdido. Até lá ainda se verá o empobrecimento das classes sociais C, D e E. Contudo, o que está sendo crucial é a volta da confiança de investidores e de consumidores, para restaurar o crescimento econômico.

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