BOLSA FECHA COM QUEDA DE 1,57%

BOLSA FECHA COM QUEDA DE 1,57% A bolsa fechou ontem com queda de 1,57%, recuando mais de 1.600 pontos, em relação ao fechamento do dia anterior, aos 101.215 pontos. A bolsa brasileira, perante a pandemia do covit-19, recuou para 53% do seu pico ainda no início deste ano, que fora próximo de 120 mil pontos. A grande queda se deu em março e abril. Em maio, junho e julho se iniciou rápida recuperação, ao ponto de recuper mais de 80%. O recuo de ontem contou com a contribuição da queda média dos lucros dos grandes bancos, por volta de 40%, no segundo trimestre deste ano, em comparação com o trimestre anterior, cuja maior expressão se deu com a divulgação ontem do balanço do maior banco brasileiro, o Itaú/Unibanco. Em termos gerais, se os bancos têm taxa de lucro em torno de 20%, uma queda de 40% levaria a taxa para recuar para 12%. Ora, uma taxa de lucro ainda extraordinária, quando comparada com as rentabilidades dos poucos segmentos produtivos, tais como da área de consumo de bens essenciais, que deram lucros na atualidade e, muito mais destoantes, se comparado com a maioria dos segmentos produtivos nacionais, que amargam severos prejuízos, em razão do isolamento social imposto, para combater a pandemia do novo coronavírus. A indústria brasileira, que vem perdendo posição há décadas para o agronegócio, comércio e serviços, dentro do PIB, teve resultados divulgados pelo IBGE, relativos a junho, com alta de 8,9%, em relação a maio, deste de 8,2% em relação a abril, mas que perdeu 26,6% com o avanço da referida epidemia, desde março, cuja recuperação ainda está abaixo de 13,5% no semestre, conforme ainda o IBGE. Mais uma vez, influenciada pela produção de veículos automotivos, cuja retomada gradativa veio agora em junho, partindo de uma base muito baixa. Por seu turno, o BNDES vendeu por volta de 2% das ações da Vale, que detinha, ontem, em processo de redução da sua carteira de ações, na maior operação de block trade já feito na América Latina, no valor de R$8,1 bilhões. Mesmo assim, foram vendidos R$8,3 bilhões de ações da Vale, numa demonstração de que ela é a segunda mais negociada e valorosa do mercado acionário brasileiro. Os preços quase dobraram desde o piso de R$34,00 de março, fechando a ação em torno de R$60,00. Tal impacto na bolsa de valores se deve à baixa taxa de juros praticada em papeis do mercado financeiro, trazendo para a bolsa de valores milhares de investidores. No entanto, para o presidente do Banco Itaú, Cândido Bracher, a recuperação plena da economia só virá quando a pandemia estiver controlada. Ou seja, com a melhora da Saúde. A questão que se coloca aqui é de que se a bolsa continuará em ascensão, devido ao comportamento a ela imputado de que a bolsa sobe no ato e cai no fato?

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