DÉCADA MAIS QUENTE
Na 30ª edição do relatório anual State of the Climate, que contou com a colaboração de 528 autores e editores de 61 países houve consenso que a década de 2010 a 2019 foi a de temperatura mais quente da história do globo terrestre. Por seu turno, 2019 estiveram entre os três anos mais quentes da história desde o século XIX. Os cientistas vêm constatando que, desde a década de 1980, cada década tem sido mais quente do que a anterior. Entre 2010 a 2019, a média do clima esteve 0,2º C acima de década de 2000 a 2009. Conforme os estudiosos apenas o ano de 2016 foi mais do quente do que 2019. Assim, depois de 2013, todos os anos subseqüentes foram mais quentes que os anteriores, desde meados do século XIX.
A principal causa da elevação da temperatura é o desmatamento, sem a recomposição mesmo parcial de florestas. Tanto a NASA como o INPE classificaram o período de queimadas da Amazônia como o pior desde 2010. O mundo vem discutindo como mais força e ambientalistas defendem uma agropecuária com baixa emissão de carbono. Miriam Leitão, em seu artigo de hoje cita o WRI Brasil, nas palavras do seu economista sênior, Rafael Barbieri: “O Brasil tem 200 milhões de hectares de pastagens, 70% das pastagens brasileiras tem algum nível de degradação. Sem proteção básica do solo, a chuva leva todo fertilizante e é preciso colocar mais. Em vez de recuperar esse solo já ocupado, o País avança sobre a floresta e desmata. De cada 10 hectares de pasto na Amazônia, sete foram de desmatamento dos últimos 35 anos”.
Ontem mesmo em Cuiabá uma densa fumaça ocasionada por incêndios florestais atingiu a região metropolitana da capital do Mato Grosso. A fumaça é uma decorrência de queimadas que ocorrem na região do pantanal. Porém, há outros focos de fogo, como na rodovia que liga Cuiabá ao Parque Nacional da Chapada dos Guimarães. Sem chuvas por quase 80 dias em Cuiabá, o tempo seco e os ventos leva ao aumento dos incêndios. Já uma tempestade de areia atingiu cidades do interior de São Paulo.
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